domingo, 12 de junho de 2016

McLanche Tsedakah Feliz


Olá, amigos! Esse é o segundo post que faço aqui sobre formas criativas de se fazer Tsedakah (caridade). Caso você não tenha lido o primeiro, clique aqui para acessar o primeiro artigo sobre esse tema. 


Bom, eu gosto bastante de colecionar algumas coisas, principalmente revistas em quadrinhos. E de quando em quando, o McDonald's traz uma promoção com brinquedinhos bem legais no McLanche Feliz. Entretanto, não existe no Brasil - até onde eu saiba - McDonald's Kosher. Então, o que fazer diante disso?   

A primeira opção - a qual não considero a mais inteligente, embora seja a mais simples - é comprar apenas o brinquedo. Na presente data - junho/2016 - comprar apenas o brinquedo custa R$ 13,00 aqui no Distrito Federal. Só que a promoção completa - com o brinquedo, sanduíche, refrigerante e batatas fritas - custa uns R$ 18,00. Assim, todos esses alimentos "custam" R$ 5,00, mas com apenas R$ 5,00 não é possível comprá-los. Assim, economicamente falando, vale mais a pena comprar a promoção toda do que apenas o brinquedinho. 

E agora que vem a minha proposta de Tsedakah: um judeu ortodoxo poderia comer as batatas fritas e tomar o refrigerante e doar o sanduíche para um morador de rua ou então doar todos os alimentos para um morador de rua! Dessa forma, principalmente nessa segunda, a pessoa consegue o brinquedinho que tanto quer e além disso - e mais importante que qualquer brinquedinho - alimenta uma outra pessoa que talvez esteja faminta! 

Eu acho que essa última opção é a que trás o "melhor custo benefício" inclusive para a Criação. Nunca podemos nos esquecer de alimentar os pobres, isso é também retificar e consertar a Criação - Tikun Olam. Assim, da próxima vez que desejar um brinquedinho do McDonald's ou quiser dá-lo a seus filhos, compre a promoção completa e ensine a garotada a importância da Tsedakah desde a infância! 

O que achou dessa ideia? Escreva aí nos comentários o que achou!

Um forte abraço, 
Edgard MacFraggin' 


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Três fatos sobre o Estado de Israel que alguns líderes religiosos fazem questão de esconder - mas eu não!

            Existem três fatos sobre o Estado de Israel, entre tantos outros, que alguns líderes religiosos amam esconder, mas que são fatos completamente ligados ao próprio Estado Israelense e fazem parte de sua História. São esses os fatos: primeiro, a maioria dos judeus israelenses é secular; segundo, o uso de maconha é legalizado no país desde 1993; e terceiro, em Israel fica a Capital Gay do Oriente Médio.


8% Ultraortodoxos, 12% Religiosos, 13% Tradicionais,
25% Não muito religiosos e 42% de Judeus Seculares.
Crédito: Central Bureau of Statistics 2009 (Israel).
Vamos começar falando dos judeus seculares. Bom, basta estudar a História do Estado de Israel pra saber que a maioria dos sionistas que tanto lutaram pela reconstrução do Estado desde o final do século 19 eram judeus seculares, inclusive ateus. Theodor Herlz, talvez o mais importante líder desse movimento de Retorno ao território no Oriente Médio, era um ateu convicto. Assim, na reconstrução do Estado de Israel de 1948, quem mais trabalhou e lutou foram os seculares ateus e não os religiosos. E geralmente achamos a atitude dos religiosos louvável - e é louvável sim. Mas na reconstrução do Estado, os religiosos tiveram pequena atuação. Quem mais lutou por isso foram os Judeus ateus e parabéns pra eles, pois se não fossem eles, provavelmente nem teríamos o Estado de Israel. Ainda, atualmente, grande parte dos judeus são seculares. E parabéns pra eles: não fossem eles, Israel não seria a potência que é hoje, não seria uma economia forte e nem teria um exército excelente. Devemos lembrar que os religiosos não trabalham em empregos seculares e nem servem no Exército. Alguém tinha que pôr a mão-na-massa e quem faz isso até hoje em grande maioria são os judeus seculares - e muitos deles são ateus, por incrível que pareça. De acordo com uma matéria do Jornal Haaretz, 42% dos judeus são seculares e 25% não muito religiosos. Isso dá mais da metade da população!

           
O uso de Maconha medicinal é legal
em Israel desde 1993
Agora, falemos da maconha. Ela é legalizada para uso medicinal desde 1993 no Estado de Israel. Existem duas principais substâncias nessa planta: o Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD). Esse é responsável pelos efeitos recreativos da planta e este pelo uso medicinal. Israel é pioneiro em pesquisas científicas sobre a maconha e foi inclusive o primeiro país a isolar o composto THC. O composto CBD é usado no tratamento de pacientes que sofrem de Apoplexia, Neuralgia, Mal de Parkinson, entre outros. O nome de uma das empresas que plantam maconha legalizada em Israel é a Tikkun Olam. Não acredita em nada disso? Abaixo deixo algumas matérias sobre o tema. Basta clicar nos links em amarelo para acessar as matérias. Deve-se lembrar que no Judaísmo fumar não é pecado, diversos judeus religiosos, incluindo rabinos, fumam.

          
         E por fim, falemos da Capital LGBT do Oriente Médio. É na cidade de Tel Aviv que os homossexuais têm bastante liberdade de expressão. O que acontece é que nos demais países do Oriente Médio, países árabes, a homossexualidade é considerada crime. Israel é a única democracia do Oriente Médio e, como em toda democracia, as pessoas têm liberdade de expressão. Só em Israel é possível ter Paradas Gays, por exemplo. E por conta dessa democracia também outros grupos podem viver em paz e com a proteção do Estado, como cristãos, muçulmanos, drusos, etc.


            E aí? Você sabia dessas coisas sobre o Estado de Israel? Deixe aí nos comentários o que achou disso tudo!

            Forte abraço, e respeito a tod@s sempre!

            Edgard MacFraggin'          

domingo, 5 de junho de 2016

Uma Tsedakah que vale por Duas!

                
Há algum tempo tenho refletido em formas diferentes, criativas e mais efetivas de se fazer Tsedakah. Tsedakah é tudo que envolve caridades e ações sociais sob uma perspectiva Judaica. Dentro do Judaísmo, essa atuação social é mandamento, é algo que deve ser feito constante e ativamente.
                Existem formas diferentes de se fazer Tsedakah e cada uma delas têm sua importância própria. Tsedakah não é apenas dar esmolas quando alguém pede. Ela pode ser também comprar um produto que alguém esteja vendendo, e essa forma é mais elevada que simplesmente dar uma contribuição, pois se estabelece uma relação de comércio entre as partes e nas relações comerciais as partes estão negociando de igual para igual, não há hierarquia e, portanto, há dignidade e valorização das partes envolvidas.
                Tem um ponto que às vezes "complica" para as pessoas que seguem a Cashrut ou alguma outra forma de limite com relação aos alimentos que consomem. Será que um judeu pode comprar um produto que contenha carmim de colchonilha apenas para ajudar quem está vendendo? Ou um diabético comprar doces de um vendedor ambulante? Ou um hipertenso comprar salgadinhos vendedores de rua?
                Eu entendo que sim! E essa é na verdade uma forma de fazer o que eu chamo de "Uma Tsedakah que vale por duas"! Basta comprar o produto que você não irá consumir - por conta de seus próprios limites - e doar para uma outra pessoa que necessite, um morador de rua, por exemplo. Assim, com um único "gasto financeiro" você pode ajudar duas pessoas! Eu tenho procurado fazer isso há algum tempo. Quando vem me vender alguma coisa que eu não vá consumir eu compro mesmo assim e depois eu faço uma doação para alguém que não tenha os mesmos limites que os meus quanto ao consumo alimentar. Eu acho isso uma boa ideia, por isso quero compartilhar com vocês.

Um abraço!

#JudaísmoÉAtitude
#MenosBláEMaisPá
#MenosConversaEMaisPressa


Edgard MacFraggin'