terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Proteção nos Desertos


Que desertos são lugares de condições extremas todos sabem. Mas quanto sabemos a respeito disso? Numa rápida pesquisa no Google, verifiquei que, durante o verão, a temperatura pode chegar a 45 oC durante o dia e 0 oC ou menos durante a noite (no inverno). A amplitude térmica diária é absurda. A umidade do ar é extremamente baixa. Condições terríveis de sobrevivência. Animais e plantas que ali habitam foram criados de forma muito hábil para ali se manterem.
É possível imaginar uma comunidade com um número enorme de pessoas, com muitos idosos e crianças, além de rebanhos imensos de animais num lugar como esse? Sim, sim, é possível. A tecnologia atual e também a de centenas de anos atrás mesmo já poderia facilitar bastante a vida dessa comunidade. Mas e se essa comunidade ocorreu há cerca de seis mil anos atrás?
Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite.” Êxodo 13:22
“E guiaste-os de dia por uma coluna de nuvem, e de noite por uma coluna de fogo, para lhes iluminar o caminho por onde haviam de ir.” Neemias 9:12
Enquanto estive na França, fiquei refletindo sobre esse assunto. Com relação ao estágio que fiz lá, foi maravilhoso, conheci pessoas maravilhosas, grandes amizades. No laboratório, aprendi bastante, foi muito agradável. Mas algumas coisas eram bem ruins: ficar muito tempo apenas comigo mesmo. Muitos momentos foram de tristeza, de choro e de saudades. A sensação que eu tive era que tudo se multiplicava por 10: pequenas alegrias eram motivo de muita alegria, e pequenas coisas eram motivo de muita tristeza. Mesmo os irmãos da igreja não eram tão próximos. Acho que por algo cultural mesmo. Apenas um foi presente, foi caloroso. Mas eu precisava de apenas um mesmo.
No final do estágio passei talvez pelo período mais crítico ali. Já estava há praticamente dois meses sem ver nenhum parente, sem estar perto do pastor, nenhum dos amigos que deixei aqui no Brasil, sem ninguém pra poder desabafar realmente... E como eu disse, pequenas coisas se tornavam motivo de grande tristeza.
Nesse período, sinceramente, me senti abandonado. No final de semana em questão (sábado e domingo), não encontrei nenhum brasileiro. Fiquei no apartamento jogando Nintendo DS praticamente o dia inteiro, mais de 24h sem pisar fora da kit net. Aí aquele que foi exceção me ligou: o irmão Gilles Kudo, um africano naturalizado francês, se mostrou um verdadeiro cristão. Tinha o encontrado apenas uma vez anteriormente, num domingo na igreja Batista em Toulouse. Trocamos emails, mas não tínhamos nos visto novamente em cerca de um mês inteiro. Naquele final de semana eu precisava de um amigo. E naquele final de semana ele entrou em contato comigo para irmos comer pizza. Deus sabe o que faz.
Como foi maravilhoso poder desabafar com ele os problemas que estava passando. Como estava gostosa aquela pizza. E como foi bom, no final da noite poder orar juntos, um pelo outro, onde pude me derramar diante do Senhor Altíssimo. E começar a vivenciar a cura do meu coração.
Depois daquela noite pude dormir bem mais tranqüilo. A alegria de saber que Deus cuida de mim tomou meu coração e meu espírito. Nos dias que se seguiram, Gilles entrou em contato comigo diariamente, seja por telefonema ou por email. E assim eu fui melhorando e melhorando. E comecei a pensar sobre os desertos. Mais especificamente, sobre o Povo de Deus andando 40 anos no deserto.
Deus sabia que as condições de deserto são extremas. Ele sabia que no meio do povo havia idosos, crianças, recém-nascidos (sim, o povo aumentou no deserto), rebanhos de animais... E Deus cuidou de todos eles! Mandou água para beberem, o Maná para comerem! E durante o dia mandou a Coluna de Nuvem para diminuir o calor; e de noite, a Coluna de Fogo os aquecia e iluminava o caminho. Deus tornou aquele deserto suportável. Deus não nos mete em situações as quais estão além da nossa capacidade de suportar. Ele torna mesmo as provações e as tristezas em coisas suportáveis. E Ele mostrou isso para mim. Não apenas com relação a esse momento especifico ali na França, mas em todo o período em que lá estive. Até mesmo antes de ir, Ele providenciou tudo. Mas ali pude sentir com mais intensidade a Sombra do Onipotente.
Novos desertos eu tenho certeza que passarei. Assim como todos nós. Espero lembrar que Deus cuida de nós. Que Ele alivia o nosso deserto, o torna suportável. E no deserto aprendemos muito sobre o Poder de Deus. E é possível também olharmos para nós mesmos, ver as inúmeras imperfeições que nos impedem de ter uma vida abundante. É através das lutas que temos vitória.
Que a Paz do Grande Leão esteja com todas as Suas ovelhas,
Edgard MacFraggin'

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Pássaro Engaiolado

Imaginem um pássaro dentro de uma gaiola. Um belo pássaro. Um pássaro doméstico, claro, colocar animal silvestre em gaiola é uma sacanagem sem limites. Eu pensaria em com um com uma bela plumagem verde. Cor preferida, sabe como é que é, né? Mas então, a gaiola serve para conter o pássaro. E só existe por conta dele. Ninguém tem gaiola sem ter um pássaro. Ou se tem sem o bichinho, muito provavelmente já teve um passarinho. E como é lindo ver o bichinho ali, bem cuidado, limpinho, tendo comida de qualidade e água límpida para beber. E ouvir o canto dele. E ver os pulinhos que ele dá... poxa, muito legal isso, né? É claro que a gaiola deve ser bem cuidada. Mas a gaiola não é mais importante que o pássaro. Nunca! Imaginem a cena: uma gaiola tão ornamentada, tão bonita e tal que fica difícil até mesmo de prestar atenção no pássaro. Ao ponto extremo do dono se esquecer de alimentá-lo, de cuidar dele. Um dia, quando for parar para analisar a ave, estará magrinha, doente, debilitada...
Outro extremo seria uma ave rebelde. Uma ave que se debate dentro da gaiola. Não aceita o cuidado do dono. A gaiola está pendura num lugar seguro, mas aí o pássaro se debate tanto a ponto de derrubar a gaiola no chão e se ferrar todo. Se machuca todo, detona a gaiola ainda. Pois é... Tem muita gente que age desses dois jeitos extremos: gaiola linda e/ou pássaro rebelde.


O que nós somos? Um corpo que tem um kit alma/espírito? Ou uma alma/espírito que tem um corpo? Isso é muito importante, visto que do jeito que pensamos é o jeito que agimos. Na minha simples ilustração, a gaiola representa o nosso corpo físico. O pássaro, a alma/espírito.
Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.” Salmos 104:24
Escondes o teu rosto, e ficam perturbados [a respeito da Criação]; se lhes tiras o fôlego, morrem, e voltam para o seu pó.” Salmos 104:29
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1ª Tessalonicenses 5:23
Nós somos uma alma/espírito que tem um corpo. Esses são eternos. Este, morrerá um dia. Devemos dar mais valor a nossa alma/espírito. Conhecer a Verdade. Alimentar a Fé. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10:17). Devemos buscar respostas. Mas devemos buscá-las onde vamos encontrar. Caso contrário, iremos embelezar a gaiola. Poxa, é muito bonito, por exemplo, fazer boas obras. Mas que adianta fazer boas obras para os outros verem? Se for apenas para isso, já recebeu ali mesmo a sua recompensa: e a recebeu de homens. Logo, será um dia consumida pela ferrugem. E essa glória embelezou a gaiola. Faça boas obras, mas com a motivação de agradar a Deus e não aos homens. E a Bíblia afirma que “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe [Deus}; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6).
Outros são rebeldes que não se importam abertamente com sua alma. Que fazem o que bem entendem, e se “sacodem dentro da gaiola”. A bíblia afirma várias vezes que o inferno é real. Que o inferno foi um lugar preparado não para os homens, e sim para o diabo e seus anjos caídos. Mas Deus não força ninguém a ir pro Céu ou pro inferno. E seria muita sacanagem da parte de Deus se Ele fizesse que uma pessoa que passou a vida inteira se afastando dele tivesse que passar a eternidade no Céu, junto de Deus. Poxa, Deus é na verdade um cavalheiro: Ele irá respeitar a decisão de cada um! Ele nos fez livres para escolher vida ou morte, Céu ou inferno.
Caros amigos, não sejamos pássaros rebeldes ou apenas gaiolas enfeitadas. Cuidemos do pássaro que nós somos. Faça hoje a decjisão sábia: entregue sua vida a Jesus. Ele é o melhor veterinário para o pássaro que há dentro de nós. Ele nos orientará como proceder. E no dia em que deixarmos a gaiola (morrermos), nos guiará rumo a Sua própria casa. Os que não quiserem o auxilio gratuito dEle, deixarão a gaiola também. Mas serão pássaros destinados à morte, e será eterno. A decisão é individual. O semear é opcional, mas o colher é obrigatório!
Edgard MacFraggin'


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Pecado: Lama nos ouvidos e lodo nos olhos

Eu gosto muito de coca-cola. Bebo provavelmente mais do que deveria. E baseado no gostar de coca-cola quero fazer a seguinte analogia sobre a forma que tenho pensado o que é o pecado esses dias.
Imaginem que num dia muito quente e abafado você está andando, morrendo de sede e cheio de problemas da vida, situação desconfortável por algum outro motivo. Então, você avista ao longe o que parece ser uma lata de coca-cola super gelada! Apenas um problema: ela está no meio de uma imensa e profunda poça de lama, boiando junto ao lodo. Você pode se contentar com aquilo e ir lá e beber. Talvez valha a pena, afinal de contas, é coca-cola. Você vai se sujar todo para conseguir a doce bebida. Ou, então, você pode esperar pela hora certa, ir à padaria e comprar uma lata, sem mesmo ter que se sujar. Nessa analogia, pegar a lata no meio da lama é o pecado (você pode até ter certo prazer por ter ingerido o liquido, mas terá que se limpar depois) e ir à padaria é desfrutar o prazer de forma correta, sem pecar.
Mas naquele dia não dá para agüentar! Você quer aquilo e vai em frente mesmo. Depois você se limpa. Ah, sua ovelha teimosa! Então, entra lá no meio do lamaçal, se suja todo, mas consegue por a mão na bendita lata. Mas quando você olha direito, aquilo não era coca-cola: era fanta laranja e, para piorar tudo, ainda está quente e sem gás! Mas como você chegou até ali, você bebe o liquido. Sente talvez certo prazer por sorver o liquido, mas nem é tanto quanto parecia que seria. E você ainda tem que sair daquela poça. E isso é apenas o inicio dos problemas!
Quando vai sair da poça, você acumulou lama e lodo no corpo todo. Mas principalmente, seus olhos e ouvidos estão cobertos, rebocados de sujeira. Isso impede a sua percepção do mundo ao redor. Coisas normais acontecem, mas você acha que todo problema é na verdade 10 vezes pior do que ele realmente é! Você enxerga tudo embaçado, tudo parecem monstros que querem te devorar! Escuta tudo com interferência e dificuldade, parece que os problemas normais da vida são criaturas com grandes presas, ávidas por te deglutir! E agora ovelha teimosa? Embora você não esteja sozinha, porque Deus nunca nos abandona, você se sente sozinha! O Bom Pastor está ao seu lado, mas você não consegue escutar a Sua voz, nem vê-Lo e nem nada. Quando Ele suavemente coloca Sua mão sobre você, para te conduzir, você se assusta e sai correndo, achando que não é Ele. Alem de estar sujo, não quer nem se limpar. E por estar já sujo mesmo, tem uma tendência muito grande de querer voltar ã poça e se sujar mais ainda. E afundar mais ainda.
Mas então, você se lembra do Bom Pastor. Que Ele sabe o que fazer. Que Ele é o único que pode te limpar. Mas você tem que deixar, sua ovelha fujona! Ele é cavalheiro, Ele respeita suas decisões. E quando você permite, Ele vem. E coloca Suas próprias mãos limpas e puras em meio à lama e ao lodo. Começa a limpar, a retirar a sujeira. Você escuta aquilo e tem vontade de sair correndo! Voce não sabe direito o que está acontecendo. Você está é morrendo de medo! Mas Ele continua, com paciência, vai tirando a sujeira e você começa a se acalmar. E por fim Ele retirou tudo, e você está limpo como antes estava, antes de entrar na poça.
E Ele amavelmente te diz: “Minha querida ovelha, como eu te amo. Olha, não entre mais na lama, ok? Você não precisa daquilo que está lá. Eu tenho um freezer cheio de refrigerante para você. E eu te darei na quantidade que você precisa, na hora que você precisa. Mas, se algum dia você voltar a entrar na poça, não tema em me procurar. Eu estarei aqui, ansioso para cuidar de você, para ensinar O Caminho. Pelo Caminho pode ser difícil de andar, mas não há nenhuma poça de lama por ele. E ele conduz à Vida Verdadeira.
Eu particularmente gosto de analogias para explicar pensamentos. Acho que fica mais fácil e mais didático para mostrar o que penso. E muitas vezes eu sinto que o que é pior no pecado é o fato de ficarmos separados do Bom Pastor, nosso Senhor. Separados não porque Ele nos abandona, mas porque corremos para longe dEle. E Ele respeita nossas decisões. Vida e Morte estão ao alcance de nossas mãos. E podemos escolher um ou outro.
Saibamos que devemos nos desviar da poça. E sejamos inteligentes o suficiente que, se um dia entrarmos na poça, nós temos solução, tem Alguém que está ansioso em limpar nossa sujeira, em limpar nossa visão. Tenhamos um coração de carne, um coração disposto a mudar. E caso você tenha um coração de pedra (duro e resistente à mudança), eu sei quem pode transformá-lo num coração de carne com destreza de mestre: o Bom Pastor é especialista nisso!
Edgard MacFraggin'

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

E a Chama Continua a Queimar Intensamente


Hoje comecei meu dia de uma forma diferente das demais. Bem diferente e nem sei quando esse momento vai se repetir. Exatamente pelo lugar em qual abri meus olhos pela manhã: Edinburgh, Escócia. Uma cidade maravilhosa. Linda por si só. Como é bom estar aqui.
Esses dias têm nevado intensamente. O que não é de todo ruim, pois eu não tinha visto neve antes disso. É bem interessante e bem frio. Mas por conta dela eu não pude sair da cidade... Mas sem problemas, a cidade por si só é interessante, tem muita coisa pra ver. Principalmente se você gosta da cultura nórdica, de imaginar as batalhas que já ocorreram por aqui no passado...
E em meio a minha caminhada matinal eu vi um prédio que me chamou atenção. Um prédio que parecia uma igreja ou algo assim. É o prédio da primeira foto da postagem. E a neve deu todo um charme a esse prédio que atualmente é um escritório. E por conta desse prédio coberto de neve é que eu digo que a chama continua a queimar intensamente!
Na dourada e pequena placa da entrada estava escrito Bible House. Achei interessante. Havia um senhor limpando a neve da entrada, então fui lá e puxei assunto com ele. Ele, um cristão protestante, disse que acredita na Bíblia e me contou um pouco sobre esse instituto. Naquele prédio funciona a Casa da Bíblia da Escócia. Temos também a Casa da Bíblia em Brasília, fica mais ou menos na altura da 603/604 Norte eu acho. Ele me disse que aquele prédio funciona a mais ou menos 200 anos naquele mesmo lugar. E que trabalha traduzindo a Bíblia para outros idiomas, ou pelo menos partes da Bíblia, para que cada pessoa possa ter acesso ao Livro Maravilhoso. Ele disse que há uns dois anos atrás eles fizeram um projeto tendo como alvo o Brasil.
Foi uma conversa muito rápida, não deve ter durado 3 minutos eu acho. Mas saí dali impactado e emocionado. Nesse período em que estou na França, não vi muitas manifestações religiosas de nenhum tipo. Acho que os mais “religiosos” ali em Toulouse são os muçulmanos. Há vários deles ali. Mas o restante da população parece que não está nem aí pra Deus. A “Terra do Iluminismo” está numa escuridão densa, palpável e horrível... Uma indiferença em relação a Deus que é nojenta. E talvez a Europa esteja assim de maneira geral. Totalmente frio... Por dentro e por fora!
No extremo norte do continente, o cristianismo é extremamente perseguido. Noruega e Rússia parecem lugares horríveis para ser cristão. Servir a Cristo lá tem um preço altíssimo. Outros países ditos cristãos têm fiéis que pouco conhecem da Bíblia. Cristãos nominais: não vão a igreja, não lêem a Bíblia, não rezam e nem oram e nem sabem o que é ser cristão! Tem gente que se admira de saber que a Bíblia tem 66 livros ao todo. Que o Antigo Testamento tem 39 livros, e o Novo Testamento 27. Arregalam o olho ao saber que a Bíblia tem tantos livros dentro! O que é um absurdo para alguém que se diz cristão. Como um cristão não conhece a teoria do que ele mesmo acredita? Como? Devemos ler a Bíblia para aprender de Deus. Não estou dizendo que você deve ler a Bíblia toda, uma vez por ano. O que importa é qualidade e não quantidade. Leia na sua velocidade, de forma que você continuamente possa aprender de Deus.
E, apesar da frieza espiritual espalhada pela Europa, aqui na Escócia é diferente! Dá para sentir isso na atmosfera. Um lugar tranqüilo, país de raízes protestantes, um lugar que pode ser frio por fora. Mas que é extremamente aquecido por dentro. A chama divina queima aqui. Talvez não seja tão grande quanto já foi. Mas basta um palito de fósforo para se incendiar uma floresta inteira. E imaginem um palito de fósforo nas mãos do Senhor Criador! A Escócia talvez seja a chama ainda acesa na Europa. Oremos por essa nação. Que Deus levante homens daqui a reconquistar essas terras, berço da Reforma. Berço da distribuição da Bíblia para todos. De ideais. De lutas e de mártires.
O prédio da Casa da Bíblia da Escócia estava coberto de neve do lado de fora, mas por dentro estava quentinho. Aquecendo e protegendo os funcionários. E da mesma forma, que Deus possa ter a liberdade de aquecer também os nossos corações! E que nossas vidas sejam palitos de fósforo prontos para incendiar outras vidas com o Amor e a Salvação que Deus nos proveu.
Edgard MacFraggin'

domingo, 28 de novembro de 2010

A Lã das Ovelhas


Muitas e muitas vezes vi ovelhas muito bonitas, simpáticas e até mesmo carismáticas. Ovelhas lanadas, de uma camada de bem lã espessa. Algumas vezes era possível até mesmo “afundar” a mão nessa lã, e sentir a pele quentinha e protegida ali em baixo.

Mas seguindo pelo velho ditado de “quem vê cara não vê coração”, essa lã podia às vezes ser na verdade mais um problema do que algo bom. Quantas vezes eu vi ovelhas aparentemente “gordinhas”, bem nutridas e saudáveis, mas que na verdade estavam caquéticas, esqueléticas e desnutridas... Algumas vezes, em estado deplorável. Muitas feridas ficaram escondidas por dias, piorando cada vez mais, se enchendo de larvas de miiase, apodrecendo e aumentando a contaminação, apenas porque estavam em baixo da lã... Mas, à distância e por causa da lã, as ovelhas pareciam estar “muito bem, obrigado”.
E nesse ponto o que me chama a atenção é a pergunta: o que é mais importante? A ovelha que mantém a lã em seu corpo, ou lã da ovelha? Pergunta idiota, eu sei. Obviamente, é a ovelha, pois sem ovelha, sem lã. E mesmo uma ovelha tosqueada, continua ovelha. Continua sendo quem ela é, e talvez até mais fácil para o pessoal que cuida dela perceber os problemas que ela pode estar passando. Mas poxa, nada contra ovelhas com lã, não mesmo. Elas são lindas. Mas exigem mais cuidado com o manejo.
Um dia, o Supremo Pastor das Ovelhas do Eterno disse o seguinte a respeito dos fariseus: “Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro? E aquele que jurar pelo altar isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta? Portanto, o que jurar pelo altar, jura por ele e por tudo o que sobre ele está; E, o que jurar pelo templo, jura por ele e por aquele que nele habita; E, o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado nele.” (Mateus 23:16-22). Ele tinha toda razão. Ele sabia exatamente sobre o que estava falando. Era necessá
rio. E ainda é necessário. O capítulo 23 do livro de Mateus é um texto muito interessante e profundo. Um texto de reflexão pessoal diária. E antes de prosseguir, quero deixar bem claro que sou como os fariseus da época de Jesus. Na maioria das vezes, ajo da mesma forma. E devo lutar contra isso. Assim como todos os que são cristãos.
E agora chego ao ponto onde queria chegar. O farisaísmo. Muitos de nós somos fariseus. E eu me incluo nesse grupo. E sei que não é o correto. Quantos aqui já viram “metaleiros cristãos”? Para muitos, não se pode ser metaleiro e cristão simultaneamente. Como se uma coisa anulasse a outra. E nesses “muitos” estão juntos e de mãos dadas “cristãos tradicionais” e “metaleiros do mal”. Dizendo a mesma coisa. Pensando exatamente da mesma forma. E, creio eu, ambos errados.
Deus nos fez verdadeiramente livres. Somos livres. Ponto final. Podemos escutar Heavy Metal, fazer tatuagens e usar correntes, brincos e piercings. Podemos andar vestidos todo de preto e usar coturnos. Podemos escutar músicas fantásticas, de bandas usadas por Ele, para em primeiro lugar louvá-Lo e também para o alcance de outros. E para revolta dos “muitos” novamente, o Rock n’Roll em si, embora pareça absurdo, tem raízes cristãs. Sim, vocês leram exatamente isso. Vamos fazer uma breve revisão histórica sobre o nosso estilo preferido: surgiu “oficialmente” na década de 50, sendo uma explosão em Memphis, Tennessee, EUA. Teve nomes consagrados como Elvis Presley e Johnny Cash, entre tantos outros daquela mesma época. Mas a “nova” música que esses brancos estavam cantando, não tinha nada de nova em si mesmo, apenas o fato de que brancos estavam cantando. Apenas isso. Originalmente, era música negra. Os negros com muito habilidade entoavam o bom e velho Rock n’Roll de um jeito fantástico. Mas naquela época, se chamava Rhythm and Blues. E essa era o estilo de música tocada nas igrejas protestantes americanas, onde os negros congregavam (essa separação entre igrejas para negros e igrejas para brancos é algo horrível. Somos iguais. E centenas de vezes, o negros foram melhores, mais amáveis e carinhos e educados que os brancos). Elvis mesmo era cristão assumido. O chamado “Rei do Rock” era cristão e gravou muitas músicas cristãs, além de apresentá-las em seus shows, podem conferir. Johnny Cash, Ray Charles, Little Richard e Fats Domino também gravaram músicas cristãs. Por causa da origem do estilo, provavelmente. Não sei se eles eram realmente cristãos, mas de forma alguma descarto essa possibilidade. Mas considerando que eles não eram cristãos, porque será que mesmo assim gravaram essas canções cristãs? Penso eu que por conta da origem do Rock n’Roll.
Aí depois me aparece um cara cabeludo inglês, de óculos redondos e usuário confesso de LSD falando que a banda dele seria mais famosa que Jesus. E que “devíamos servir a nós mesmos” (em música criticando a conversão de Bob Dylan ao cristianismo). Sim, o Rock na verdade se desviou de sua origem. Mordam os lábios e cuspam fogo “cristãos tradicionais” e “metaleiros do mal”. O Rock tem origem cristã! Isso é fato histórico e irrefutável. Portanto, ser um “metaleiro cristão” é totalmente plausível. Talvez mais plausível do que não ser.
E começa o problema do farisaísmo metaleiro. Cristãos metaleiros não são reconhecidos como cristãos “à primeira vista”. Talvez nem na segunda e nem na terceira. E quando nos declaramos cristãos, as pessoas se assustam e talvez dentro delas se questionem se isso é possível. Mas as coisas estão mudando, os metaleiros cristãos estão aumentando em número e sendo até mesmo rostos conhecidos em igrejas tradicionais. E temos muita “lã” metaleira. Ah, sim, e como gostamos dela! Usamos roupas pretas, camisas de banda, coturnos, correntes, brincos e tatuagens. Para completar, colocamos a bíblia em baixo do braço e vamos pra igreja, bem trajados. E no fundo no fundo, gostamos disso. Gostamos de ser metaleiros cristãos. Somos revolucionários. Nós temos cabelos compridos e barba maior do que o todo mundo dentro da igreja e de várias outras pessoas na sociedade. E não tem nada de mais em ser assim, porque eu sou assim também. E Deus nos ama do jeito como somos.
Mas que adianta cuidar da lã apenas? Cuidar de ser metaleiro? Ficar girando em torno disso, sem glorificar a Deus pela forma de sermos? Não adianta nada! Somos fariseus, muitas e muitas vezes. Às vezes, “igrejas underground” surgem. Acho muito legal, desde que elas preguem a mensagem da Salvação. Não adianta ter no louvor um cara cantando gutural se depois não tem mensagem. Ou se a mensagem ficar girando sempre em torno do tema “metal”, “somos metaleiros, sofremos preconceito” ou qualquer coisa do gênero. Isso é ser, como o Supremo Pastor disse em Mateus 23:27, “sepulturas bonitas”. Sepulturas adornadas no exterior, lindas, por fora... Mas por dentro, apenas um corpo morto, em estado avançado de decomposição. Não adianta nada ser da forma como somos e não pregar o evangelho para alguém. Não adianta se vestir de adornos metalescos e dizer por aí que é cristão e não ser realmente diferente dos outros. Fazer igual o que todos fazem: xingar bastante, beber até cair, mentir e ser desonesto. Isso não é ser cristão. Não mesmo. E provavelmente porque não agimos – de acordo com a concepção do grupo “muitos” – nem como cristãos reais (porque cristãos “não podem ser metaleiros”, porque “todo metaleiro bebe, xinga e desobedece aos pais”) e nem como metaleiros reais (metaleiros tem que “gostar” do diabo, escutar 666 the number of the beast do Iron Maiden e usar adornos anticristãos) sofremos preconceito dos dois lados. Na igreja e no meio underground. Nessa, devemos ser exemplares, devemos fazer o nosso serviço cristão, participar dos cultos e eventos, sermos servos dos demais, da mesma forma que o Supremo Pastor foi. Neste, devemos escutar metal junto com eles, ir em shows e se vestir de preto, mas sempre se lembrando a quem nós servimos, e espalhando a mensagem do Amor de Cristo.
Caso contrário, seremos apenas ovelhas peludas. Ovelhas cheias de lã e sem conteúdo por dentro. Ovelhas que quando tosadas pelo pastor apresentarão apenas magreza extrema, feridas infeccionadas e outros tantos problemas que poderiam ter sido evitados, se tivéssemos escutado a doce voz do Bom Pastor, sim, aquele lá do Salmo 23.
Edgard MacFraggin'

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Darwin estava certo!!

Foram encontradas provas reais do evolucionismo. Fatos palpáveis. Evolução na frente dos próprios olhos. Sim, sim. Eu mesmo vi e revi a cena várias vezes. Não podia acreditar no que estava diante de mim. Como isso é possível?? Darwin tinha razão! Como eu fui cego! Tanto tempo se passou... e só conheci isso agora!
O fato foi apresentado ao mundo por Satoshi Tajiri, em Fevereiro de 1996, no Japão. Após cerca de cinco anos desenvolvendo seu trabalho, com o apoio da Game Freak e da própria Nintendo, ele pode mostrar que Darwin estava certo. No segundo mês do ano de 1996, foram lançadas as duas primeiras versões de Pokémon para GameBoy: Red and Green versions!
Bom, você deve estar se perguntando o que tem a ver Darwin e Pokémons, certo? Pessoalmente, eu gosto muito dos jogos da série. Jogo Pokémon desde Setembro de 2000, sem parar até hoje. Comecei com a Yellow Version, depois Silver, Emerald/Firered, Diamond/Soul Silver e não vejo a hora de por minhas mãos na Black Version (infelizmente, ainda não chegou nas Américas...). No ano 2000, quando Pokémon fazia muito sucesso no Brasil, meus amigos e eu sabíamos os nomes de todos os então 151 pokémons. Podíamos até mesmo falar na ordem numérica. Poxa, éramos experts em Pokémon.
E como talvez um conhecedor do mundo Pokémon, posso afirmar que os monstrinhos de bolso e Darwin têm tudo a ver! Quando o jogo foi lançado, muito provavelmente Darwin, onde quer que ele esteja, deve ter dado um sorriso de satisfação. Todo o seu trabalho fora confirmado! Os pokémons evoluem! É quase inacreditável! Pikachus evoluem para Raichus... Abra passa pelo estágio Kadabra para chegar a Alakazam! Bulbasaur, Ivysaur e Venusaur. E tantos outros exemplos. Cada versão nova, cada Pokémon novo descoberto... tantas novas evoluções... nunca me esquecerei do dia em que meu Eevee evoluiu para Jolteon! Eu vi!


Se você acredita em evolução, deve estar me xingando agora. Mas não pare de ler esse artigo agora. Você já chegou até aqui... continue, hã? Geralmente, evolucionistas são xiitas pouco abertos ao dialogo. Eles dizem que os Teístas são “fechados a novas idéias”, “ultrapassados” e “radicais”. Mas, poxa, analisando bem, os evolucionistas o são também. Quantas e quantas vezes escutamos sobre o evolucionismo. Quantas e quantas vezes isso foi repassado na escola e na faculdade. Até mesmo em rodas de amigos. E, embora acredite que evolução acontece (apenas no Pokémon), sempre os Teístas têm que escutar essa teoria ser aplicada a vida real, porque que eu saiba, Pokémon é apenas um jogo e um desenho. Os Teístas quase sempre são polidos o suficiente para escutar até o final. E aí, quando é a vez de os Teístas abrirem a boca, geralmente ninguém os escuta, falam que não querem saber da opinião deles, que eles acreditam em mentiras e por aí vai. Os que seguem a Religião Evolucionista, cujo messias foi Darwin, provavelmente são xiitas não abertos para a discussão ampla do tema. Querem que apenas o Evolucionismo seja ensinado nas escolas, sendo que existem outras teorias com o mesmo valor no meio cientifico. Mas realmente poucos sabem sobre o Design Inteligente, proposto por Phillip E. Johnson. Escutamos no meio acadêmico que sala de aula não é Igreja, não é lugar de se falar em Deus. A Religião Evolucionista têm adeptos fervorosos, prontos pra sair no dente mesmo, contra aqueles que se levantam para “blasfemar” contra ela. Muitas vezes são piores que os terroristas extremistas do Islã. Estes levam embora muitas vidas. Esses explodiram nossas mentes. Disseram que o Conhecimento em si nos libertaria. Apenas desculpas e máscaras para que os mais baixos atos totalmente sem moral sejam realizados. Porque, obviamente, se Deus não existe, porque eu devo ter apenas uma esposa e ser a ela fiel? Se Deus não existe, porque eu não posso abortar, assassinar, mentir? Se Deus não existe, não existe nenhum padrão moral. Mas se Deus existe (e Ele existe, visto que não somos pokémons), um padrão moral e imutável existe. Um padrão que norteia o nosso comportamento de certo e errado.
Obviamente, existem evolucionistas mais exemplares com relação à moral do que muitos cristãos que eu conheço. Certamente, mais exemplares do que eu mesmo. Mas quantas vezes eu já ouvi a seguintes teoria (de pessoas bastante avançadas na carreira acadêmica): “Deus não existe, nós evoluímos mesmo. Posso dormir com quem eu quiser!” Pode parecer absurdo, ou uma frase clichê... mas eu já escutei isso, dessa exata maneira. Para muitos, o evolucionismo é apenas um meio para aliviar a culpa de tantos atos que ferem a Moral. E para ser sincero, os males vindos de se pensar que espécies evoluem como pokémons, são os menores. Os maiores problemas provem de se pensar assim. Porque quando se pensa assim, se descarta o fato de que Deus existe. E aí então vale tudo. Da cintura pra baixo, mesmo.
Larry Norman, em uma de suas maravilhosas canções (The Great American Novel) diz que “Nosso dinheiro [dólar] diz que acreditamos em Deus, mas é contra a Lei orar nas escolas”. De forma semelhante, o nosso dinheiro diz “Deus seja louvado”, mas é proibido falar sobre Design Inteligente nas universidades. Uma vergonha. Teremos toda um Geração de pessoas que só pensam de uma forma? Uma Geração de extremistas xiitas se matando pelo Darwinismo?? O sr Satoshi talvez ficaria orgulhoso. O Senhor dos Céus e da Terra não.
Edgard MacFraggin'

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Constantes Antrópicas

Essas constantes são o porque de todos estarmos vivos. São o porque o nosso planeta "funciona". Elas são evideência de que um Ser Inteligente, um Designer Inteligente as planejou de forma muito detalhada, de forma muito fina, a forma como todas elas funcionam. Elas são evidência do Criacionismo, e também, provas contra o Evolucionismo. Abaixo estão apenas algumas delas (o trecho abaixo foi retirado do livro Não tenho Fé suficiente para ser Ateu, de Geisler e Turek):
1. Se a força centrífuga do movimento planetário não equilibrasse precisamente as forças gravitacionais, nada poderia ser mantido numa órbita ao redor do Sol.
2. Se o Universo tivesse se expandido numa taxa um milionésimo mais lento do que o que aconteceu, a expansão teria parado, e o Universo desabaria sobre si mesmo antes que qualquer estrela pudesse ser formada. Se tivesse se expandido mais rapidamente, então as galáxias não teriam sido formadas.
3. Qualquer uma das leis da física pode ser descrita como uma função da velocidade da luz (agora definida em 299.792.458 m por segundo). Até mesmo uma pequena variação na velocidade da luz alteraria as outras constantes e impediria a possibilidade de vida no planeta Terra.
4. Se os níveis de vapor d'água na atmosfera fossem maiores do que são agora, um efeito estufa descontrolado faria as temperaturas subirem a níveis muito altos para a vida humana; se fossem menores, um efeito estufa insuficiente faria a Terra ficar fria demais para a existência da vida humana.
5. Se Júpiter não estivesse em sua rota atual, a Terra seria bombardeada com material espacial. O campo gravitacional de Júpiter age como um aspirador de pó cósmico, atraindo asteróides e cometas que, de outra maneira, atingiriam a Terra.
6. Se a espessura da crosta terrestre fosse maior, seria necessário transferir muito mais oxigênio para a crosta para permitir a existência de vida. Se fosse mais fina, as atividades vulcânica e tectônica tornariam a vida impossível.
7. Se a rotação da Terra durasse mais que 24 horas, as diferenças de temperatura seriam grandes demais entre a noite e o dia. Se o período de rotação fosse menor, a velocidade dos ventos atmosféricos seria grande demais.
8. A inclinação de 230 do eixo da Terra é exata. Se essa inclinação se alterasse levemente, a variação da temperatura da superfície da Terra seria muito extrema.
9. Se a taxa de descarga atmosférica (raios) fosse maior, haveria muita destruição pelo fogo; se fosse menor, haveria pouco nitrogênio se fixando no solo.
10. Se houvesse mais atividade sísmica, muito mais vidas seriam perdidas; se houvesse menos, os nutrientes do piso do oceano e do leito dos rios não seriam reciclados de volta para os continentes por meio da sublevação tectônica (sim, até mesmo os terremotos são necessários para sustentar a vida como a conhecemos!
11. Nível de oxigênio. Aqui na Terra, o oxigênio responde por 21 % da atmosfera. Esse número preciso é uma constante antrópica que torna possível a vida no planeta. Se o oxigênio estivesse numa concentração de 25%, poderia haver incêndios espontâneos; se fosse de 15%, os seres humanos ficariam sufocados.
12. Transparência atmosférica. O grau de transparência da atmosfera é uma constante antrópica. Se a atmosfera fosse menos transparente, não haveria radiação solar suficiente sobre a superfície da Terra. Se fosse mais transparente, seríamos bombardeados com muito mais radiação solar aqui embaixo (além da transparência atmosférica, a composição da atmosfera, com níveis precisos de nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono e ozônio, é, por si só, uma constante antrópica.
13. Interação gravitacional entre a Terra e a Lua. Se essa interação fosse maior do que é atualmente, os efeitos sobre as marés dos oceanos, sobre a atmosfera e sobre o tempo de rotação seriam bastante severos. Se fosse menor, as mudanças orbitais provocariam instabilidades no clima. Em qualquer das situações, a vida na Terra seria impossível.
14. Nível de dióxido de carbono. Se o nível de CO2 fosse mais alto do que é agora, teríamos o desenvolvimento de um enorme efeito estufa (todos nós seríamos queimados). Se o nível fosse menor, as plantas não seriam capazes de manter uma fotossíntese eficiente todos nós ficaríamos sufocados.
15. Gravidade. Sua força pode ser impressionante, mas não poderia ser em nada diferente para que a vida existisse aqui no planeta. Se a força gravitacional fosse alterada em 0,00000000000000000000000000000000000001 por cento, nosso Sol não existiria e, portanto, nós também não. Isso é que é precisão!


terça-feira, 27 de abril de 2010

E a Bíblia Está se Cumprindo (Final)

Chegamos ao verso 14 de Mateus 24. Nessa altura, Jesus declara mais um importante sinal de sua volta ao afirmar: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, então virá o fim”. Esta uma clara afirmação de que a volta do Senhor será precedida de um anuncio completo e abrangente de sua mensagem aos corações.
Este sinal é interessante porque rearruma em nossas mentes uma errada concepção sobre a volta de Jesus. Muitas vezes associamos a volta do Senhor a uma data de calendário, a um período específico da história ou a um momento que pode ser descoberto após minuciosos estudos. Não é uma inclinação só nossa, foi também a dos apóstolos. Pouco antes da ascensão do Senhor, os apóstolos perguntaram “quando” o reino de Israel seria restabelecido. A pergunta é: “quando o seu reino será estabelecido?” Ao longo dos tempos, a mesma pergunta vem se repetindo. Alguns já tentaram estabelecer datas, eventos e situações que pareciam apontar para o “fim dos tempos” e a volta de Jesus. Todas as previsões feitas falharam. Mesmo a mais clássica de todas, a de que de “dois mil” a humanidade não passaria, falhou fragorosamente, gerando dúvidas, descrédito e a falsa segurança de que nada mais aconteceria. Mas, se voltarmos aos apóstolos, perceberemos a palavra do Senhor ao dizer que as datas pertenciam a Deus, isto porque a preocupação de Deus não está no relógio, mas em que o circuito por ele definido seja cumprido antes da volta de Jesus, e o seu circuito é simples: o evangelho deveria ganhar Jerusalém, alcançar a Judéia, avançar pela Samaria e conquistar os confins da terra. Assim sendo, a questão não é de calendário, mas da chegada da palavra aos corações. E essa tarefa foi-nos entregue pelo Senhor.
Hoje, num mundo de 6,5 bilhões de pessoas, pelo menos 2 bilhões nunca ouviram falar sequer o nome de Jesus. Isso aponta claramente para uma grande tarefa que temos pela frente na continuidade da ordem de Jesus de chegarmos aos confins da terra. Por outro lado, se a tarefa parece quase inatingível, devemos lembrar que a maior parte do mundo alcançado até hoje o foi em tempos de tecnologia muito inferior a que temos hoje. Bem sabemos que o fenômeno da Internet e das comunicações com alta qualidade e rapidez tecnológica é coisa recente. O período de maior avanço evangelístico se deu em tempos em que o recurso mais avançado era o rádio, inicialmente e, muito mais recentemente, a televisão. E com toda a limitação que a ausência de tecnologia impunha, chegamos a cobrir dois terços da população mundial com o conhecimento da Palavra de Deus. Será que demoraremos tanto tempo assim para que alcancemos o terço que falta? Depende de nosso esforço, compromisso e vontade de ver pessoas salvas por Cristo.
A promessa do Senhor já tem se cumprido quando vemos inúmeros lugares antes inalcançáveis sendo atingidos pelo Evangelho. Ficamos felizes pela tradução da Bíblia para incontáveis idiomas. Ficamos empolgados quando vemos a internet encurtando distâncias e vencendo barreiras, permitindo que o evangelho chegue a diversos lugares. Na verdade, temos duas grandes barreiras ainda: a primeira diz respeito a cultura, raça e religião. Isso requer esforço, estudo, aprofundamento transcultural e entendimento de meios mais adequados para transmitir o evangelho, sem agressões ou conflitos desnecessários e indevidos. A segunda grande barreira está dentro de nós mesmos, a saber, a nossa acomodação e falta de vontade de continuar cumprindo o roteiro do Senhor. Para que os apóstolos cumprissem o mandamento do Senhor Jesus de levar o evangelho até os confins da terra foi necessário sacrifício, empenho e fiel dedicação. A renúncia a benéficos e conforto, o abandono de segurança e estabilidade e a prioridade dada à obediência e à confiança ao Senhor da seara, foram fatores decisivos para que o evangelho chegasse aonde chegou. Ao longo da história do cristianismo vemos os grandes homens e mulheres de Deus entregando suas vidas e gastando-as em lugares inóspitos e longínquos em função de um propósito – fazer conhecido o nome de Jesus Cristo. Os grandes missionários e heróis da fé anônimos realizaram uma obra gigantesca cujo testemunho será dado na eternidade. Ao olharmos tudo isso, entendemos que estes correram a sua parte na corrida e que agora o bastão chega às nossas mãos.
Sendo assim, de certo modo, a volta do Senhor encontra-se condicionada, não ao calendário, mas ao que fazemos com sua ordem de fazer o evangelho conhecido nos confins da terra, isto é, a responsabilidade de fazer chegar o amor de Deus no mais distante lugar onde alguém possa estar.
Particularmente, creio que Jesus está perto. A evidência dos sinais anteriores e o avanço maravilhoso do evangelho em nossos dias indicam que o relógio está andando e o plano de Deus se cumprindo. O que temos de fazer além de falar de Jesus? Primeiro crer no que diz o Senhor: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém!” A segunda é desejar firmemente que tal se cumpra: “Ora vem, Senhor Jesus.” (Apocalipse 22.20). Amém Senhor!

Do seu Amigo e Pastor
Roberto da Silva Santos.

IBCT (Igreja Batista Central de Taguatinga)

sábado, 17 de abril de 2010

E a Bíblia Está se Cumprindo (7)

“A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará” (v.12). Na sua exposição sobre os sinais de sua volta, Jesus trata de mais uma questão marcante: a proliferação da perversidade influenciando o amor e enfraquecendo-o a proporções quase insignificantes.
Mais uma vez afirmamos que esta situação não é nova e Jesus não procura mostrar isso. O que Jesus fala é que a maldade cresceria. Nos dias de Noé, Deus se entristeceu tanto com a maldade humana que resolveu despejar o dilúvio sobre a terra, preservando a vida apenas do patriarca com sua família: “Quando o Senhor viu que as pessoas eram muito más e que sempre estavam pensando em fazer coisas erradas, ficou muito triste por haver feito os seres humanos. O Senhor ficou tão triste e com o coração tão pesado que disse: Vou fazer desaparecer da terra essa gente, que criei, e também todos os animais, os seres que se arrastam pelo chão e as aves, pois estou muito triste porque os criei.”(Gn 6.5-8). Após o dilúvio, a marcha da história da humanidade retornou o seu rumo, mas a narrativa bíblica e universal nos mostra o quanto o ser humano não se afastou de seus instintos perversos. O episódio da Torre de Babel (Gn 11.1-9) revela o desejo humano de chegar ao céu por meios próprios e independentes de Deus. Mais tarde, nos dias de Abraão, a indignidade e a perversidade das cidades de Sodoma e Gomorra irritaram a Deus de tal forma que foram destruídas com fogo caído dos céus (Gn 18.16-19.29). Nações perversas se levantaram e se sucederam na história. Maldades horríveis foram promovidas seja em nome da religião, seja da conquista de terras, seja por causa de possessões materiais e riquezas, ou mesmo por simples desejo de fazer pessoas sofrerem. A escravidão ao longo dos tempos, a mutilação de mulheres, o abuso dos mais fracos e crianças mancharam as páginas da história. Em seus dias, Jesus chegou a dizer que haveria mais rigor para com as cidades de Cafarnaum, Corazim e Betsaida do que para com Sodoma e Gomorra (Mt 11. 20-24) Mas não para aí. O que dizer das perversidades do Império Romano? Da vergonha das Cruzadas? Da Inquisição? Do imperialismo e do colonialismo e suas conseqüências para os povos que foram literalmente escravizados e roubados? O que dizer do nazismo, do Holocausto e da bomba atômica?
Ao olharmos as manchetes de hoje, no entanto, vemos o quanto a maldade chegou ao dia-a-dia das pessoas. Hoje, quarta-feira, leio na internet que um pai, no Espírito Santo, atirou suas duas filhas, uma de dois e outra de quatro anos, de uma ponte, num rio, por causa da separação da esposa. Os corpos ainda não foram encontrados e a dor continua nos corações. O que vemos na TV, o que lemos nos jornais, o que vivemos na nossa pele diariamente acusa o quanto a maldade tem se alastrado nos corações e nas vidas das pessoas. Vemos homicídios por causa de uma janela aberta num ônibus coletivo. Lemos dos terríveis abusos contra crianças, a pedofilia cometida por pais, padres e autoridades. Vemos a corrupção rasgada e autorizada. Vemos o aumento desgovernado das drogas. Vemos a imoralidade e a quebra de todos os valores morais. Creio que poderíamos usar as palavras de Jesus, afirmando que haverá muito maior rigor para com as cidades do Rio, São Paulo, Bagdá, Londres e outras do que se teve com Sodoma e Gomorra. Afinal, naqueles dias, não havia todas as modalidades de perversão, alternativas tecnológicas usadas largamente para a imoralidade e a tamanha criatividade de se fazer o mal e de causar sofrimento às pessoas como nos dias de hoje. Sim, a maldade tem tomado forma descontrolada como nunca antes na história.
Há uma conseqüência diante de tamanha situação: o amor de muitos se esfriando. Percebemos o crescimento nefasto do egoísmo. As pessoas pensam em si mesmas e não nas outras. Prejudicam, levantam calúnias, matam, manipulam. Na esfera espiritual, pouco se importam com os conselhos de Deus e sua vontade. Uma vez egoísta, busca o ser humano a dissensão e a divisão. Não consegue viver em comunhão porque luta para ter tudo para si. Daí a horrível situação do planeta – poucos com muito e muitos com muito pouco mesmo. A fome se alastra e afeta a parte mais frágil da população mundial. A riqueza se concentra e serve a poucos. Mortes e desgraças como as que atingiram o Chile, o Haiti, o Rio, e o terremoto que sacudiu a China nesta semana, comovem por apenas algumas horas os corações. Depois, tocamos a vida sem muitas preocupações ou remorsos. A fé se dilui e dá lugar a religiosidade vazia, ritualista e fria. O que passa a importar são os gritos, as palavras de ordem, as ações tresloucadas que não conferem com o ensinamento bíblico. Para muitos, isso é espiritualidade! Daí a busca por dinheiro, curas e prosperidade sem a preocupação com uma vida que realmente tenha compromisso com Deus – santidade, verdade, lealdade, submissão, temor de Deus. Encontramos igrejas cheias de pessoas vazias. Encontramos também igrejas cheias de conteúdo bíblico e de fé, mas vazias de pessoas que queiram sentar-se à mesa para comer do verdadeiro pão e beber do verdadeiro vinho de Deus. O ateísmo cresce e toma novos formatos com novos defensores que ganham influência e renome mundial. O espiritismo ganha as luzes e os refletores dos cinemas e das TVs como sendo verdades absolutas. Realmente, o amor de muitos tem se esfriado.
Embora o quadro seja dramático e a verdade da palavra do Senhor Jesus esteja se cumprindo, há uma forma de agir e viver nestes tempos. A primeira forma é viver a Palavra de Deus e dela não se afastar. Nada melhor que manter os olhos firmes nos ensinos, advertências e recomendações da Bíblia. Também é importante não permitir que o inimigo de nossas almas lance em nosso coração a impressão de que Deus é quem autoriza ou determina a maldade que vemos. Muitos lançam culpa para Deus, quando o real responsável pelo que vemos é o próprio homem que , instigado pelo diabo, realiza as mais terríveis barbaridades condenadas claramente por Deus. Mas também é importante manter um viver correto e coerente mesmo em dias difíceis. Um bom paradigma é Noé. Viveu em tempos de grande impiedade, mas foi chamado por Deus para ser exemplo em meio a uma geração perversa e condenada. Perseverou em sua fidelidade por cento e vinte anos. Suportou toda sorte de injúria e ridicularização. Foi alvo de piadas e ofensas. Mas quando as águas do dilúvio começaram a cair fortemente dos céus, as pessoas buscaram abrigo na arca que, no entanto já estava fechada pelas mãos de Deus. Bom seria se, no tempo certo, as pessoas tivessem entrado na arca. Bom será se, no “Dia do Senhor”, o dia da volta de Jesus, as pessoas estiverem preparadas para o encontro que não poderá ser evitado ou adiado. Hoje é o dia de voltar-se para Deus, pois a Bíblia está se cumprindo!

Do seu Amigo e Pastor
Roberto da Silva Santos

IBCT (Igreja Batista Central de Taguatinga)

domingo, 11 de abril de 2010

E a Bíblia Está se Cumprindo (6)

Disse Jesus: “Numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos” (Mateus 24.11). Este o sexto sinal que antecede os acontecimentos finais e a volta do Senhor. Refere-se “profetas” que ensinarão lições, conteúdos, matérias e caminhos errados, cujo resultado será a confusão e o equívoco. A idéia que Jesus expressa é a do surgimento de líderes falsos, mestres que trazem engano, personalidades que apresentam esperanças falsas como se de Deus fossem, como se tivessem respostas para as angústias humanas, ainda que nada tenham com a questão espiritual, como se o caminho que apresentassem fosse confiável.
É claro que ao dizer isso, o Senhor Jesus fala de aumento do aparecimento e não de súbito aparecimento de situações como essas. Ao longo dos tempos a história tem registrado inúmeros mestres que apresentaram maravilhosos mundos novos que, na verdade, se constituíram em grandes decepções. Logo após a morte e ressurreição de Jesus, Jerusalém viu as palavras do Senhor se cumprindo na grande desolação que sofreu. Rebeliões e levantes insuflados por radicais judeus fez acender a ira de Roma contra a cidade. A proximidade de tropas e a fúria romana fez levantar diversos “profetas” que, subornados, tentavam convencer o povo que a luta era necessária, segundo registrou Josefo em sua narrativa sobre a história dos judeus. Esperanças falsas e que resultaram em destruição. Desde então, profetas proclamaram a validade das Cruzadas, da morte de ímpios como preço para a reconquista da terra prometida como passaporte para o céu ou ainda a renúncia de direitos em nome de soberanos supostamente colocados por Deus para reinar.
Ao longo dos tempos filósofos pregaram falsas esperanças de um mundo que, ora poderia ser plenamente consertado, seja pelo comunismo, seja pelo positivismo, seja pela negação de toda forma de verdades e absolutos. Nações acreditaram que sua hegemonia mundial celebraria o nascimento de um mundo diferente e perfeito, seja pelo império napoleônico, seja pelo imperialismo britânico, ou pelo poder norte-americano. Líderes mundiais pregaram mensagens cheias de esperança que resultaram em tragédias e feridas eternas, dentre os quais destacamos Hitler. Grandes sistemas religiosos foram tecidos na expectativa de darem esperança ao homem como o budismo e a sua busca pessoal e independente de Deus ou de qualquer outra divindade de sua própria salvação; o espiritismo de Kardec, que busca a negação de um encontro com Deus, uma vez que não admite a verdade plena da Bíblia e do Juízo(uma vez que acredita que homem alcança sua purificação pelas sucessivas reencarnações, dispensando com isso o sacrifício de Jesus, a afirmação de Hebreus 9.27 e as palavras de Jesus sobre a vida após a morte); o islamismo, nascido como religião de força e imposição e que impôs sua fé a diversas nações e povos; o cristianismo falso e vazio que se estabeleceu ao longo dos séculos, mais preocupado com o poder político e secular, com a imposição da fé institucional, como em muitos lugares e do abandono dos verdadeiros preceitos de Cristo.
Uma olhada para o passado recente nos dá uma clara visão da existência de muitos falsos mestres que com as suas falsas esperanças afastaram o ser humano de Deus e de sua verdadeira mensagem. Mas o que vemos nos dias de hoje? Vemos que esse quadro tem se intensificado ainda mais.
Os casos de radicalismo religioso com homens e mulheres cheios de explosivos, matando inocentes em diversas partes do mundo têm sido produzidos por falsas esperanças de um céu cheio de glórias e agradecimento por seus crimes. A economia encontra-se mergulhada na aventura neoliberal, devastadoramente escravizante, fruto do fracasso do comunismo e de outras propostas que não se sustentaram. A política encontra-se mergulhada no descrédito, dando lugar a esperanças que possam surgir de qualquer lado. Quantos olham ainda para Barack Obama como “o homem que nos faz poder”? Quantos acreditam nas boas intenções do líder lunático do Irã? Nem é preciso falar de nosso país! O misticismo cresce, o avanço do islamismo com sua veia violenta e de expansão programada para dominar de fato o mundo é observada por todos; os movimentos esotéricos crescem apoiados por filmes, novelas de TV, literatura voltada para crianças e adolescentes, jogos e diversões com suas mensagens ocultas e abertas, bandas e grupos musicais que garantem adeptos por meio de sua popularidade e carisma. Cresce o espiritismo, o misticismo, o ocultismo e o satanismo (chamados docemente de “espiritualismo”). Cresce a fé na ciência e no banimento de Deus de todos os círculos chamados “pensantes”. A possibilidade de recriar o “Big bang”, a viabilidade da clonagem humana, a partir do animal, os avanços científicos e tecnológicos dão ao homem a falsa esperança de que, tendo este domínio, suas vidas encontram-se seguras e dispensadas de pensar em Deus e, muito menos, de encontrar-se com ele um dia. Na verdade, em conexão com a advertência de Jesus sobre o surgimento de falsos “cristos”, vemos a religião caindo em grandes contradições – católicos sofrem o constrangimento de verem seus padres mergulhados na mais podre perversão, a pedofilia, sob o silêncio covarde e conivente de suas principais autoridades. No meio chamado evangélico, a proliferação de igrejas que estão mais preocupadas com dinheiro, emissoras de rádio e TV, eleição de candidatos e manipulação de massas cresce assustadoramente. Há uma troca: ofertas dadas por riquezas em abundância. Alguns se agarram à fé, outros buscam caminhos repletos de falsos mensageiros com falsas mensagens. “E numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos”.
O falso profeta se aproveita do desejo do homem de resolver seu próprio destino e encontrar esperança a qualquer preço. Aproveita-se, também, do desejo do homem de fugir de prestar contas diante de Deus, assim como Adão teve a esperança de que, escondendo-se na moita, não seria visto pelo Senhor. Se o falso profeta apresentar sinais, milagres, palavras tocantes e atos poderosos, melhor ainda! O engano está completo!
Jesus se preocupa em nos alertar. Deseja que estejamos atentos aos falsos profetas que se encontram dentro e fora das igrejas. Falsos profetas que pregam mensagens de cunho religioso ou não. O que revela a sua falsidade é o oferecimento de esperanças que afastam o homem de Deus e da mensagem do evangelho de Jesus Cristo. Militar na política, desvendar o pensamento, buscar respostas, desfrutar a ciência e seus avanços, lutar por justiça e paz social – são ações cabíveis e que não afastam jamais o homem de Deus e do evangelho de Cristo, desde que não se deixe seduzir pelos apelos dos “falsos profetas” que fazem disso e muito mais a razão de ser do ser humano e sua esperança final. O objetivo com isso é fazer o ser humano soltar as mãos do seu Criador, deixar de depender dele, recusar a salvação em Jesus. Esteja atento. Cuidado. Não se deixe enganar.

Do seu Amigo e Pastor
Roberto da Silva Santos.
(IBCT - Igreja Batista Central de Taguatinga)

sábado, 3 de abril de 2010

E a Bíblia Está se Cumprindo (5)

Quem quer sofrer por Cristo? Essa não é das melhores perguntas para se fazer e, muito menos para se responder. Vivemos dias em nosso país, particularmente, que viver com Cristo significa ter abundância, prosperidade, vida tranqüila e vencedora, sucesso e saúde. O carro do ano na garagem e o apartamento dos sonhos é lei. Ser cabeça e não cauda é uma exigência. Ter jóias e recursos abundantes nem se fala. Essa é a forma de ver e viver de muitos cristãos de nossos dias, segundo a “teologia da prosperidade”. Mas, será isso o que Jesus ensinou?
O quinto conjunto de sinais que Jesus revelou para os seus discípulos que seriam o prenúncio de sua volta é o que vemos no verso 10 de Mateus capítulo 24 e que diz assim: “Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão”.
Não podemos analisar esse sinal sem voltarmos nossos olhos para o sinal anterior: uma grande perseguição aos filhos de Deus. No último artigo falamos dessa questão e demonstramos que a perseguição é uma realidade clara de nossos dias aos cristãos em diversos pontos do planeta. Pode não ser uma realidade tão presente em termos de perseguição agressiva como e outros países, mas, ainda assim, é real. Como decorrência dessa perseguição, vem um segundo momento que compõem esse quadro: o afastamento de muitos de sua fé em Cristo. Afinal, voltamos para a questão primeira com a qual iniciamos o presente artigo: Quem quer sofrer por Cristo?
Ao falar sobre a perseguição, Jesus adverte que ela resultaria em três situações muito dramáticas: aflição, homicídio e ódio. Por causa do nome de Jesus seremos inevitavelmente perseguidos, afligidos, odiados e, quem sabe, mortos. Muitos já o são em seu trabalho, em casa ou na vizinhança. Não em larga escala porque ainda vivemos em um país onde há liberdade religiosa. Mas essa facilidade tem sido gradualmente solapada por meio de leis que passam silenciosamente pela Câmara e pelo Senado muitas vezes e por outras que aguardam o melhor momento para entrarem em cena. Somos hoje e seremos mais ainda perseguidos por causa do nome de Cristo. O tempo da tomada de posição, da definição clara sobre nossa vida com Deus está chegando isto porque o tempo do Juízo se aproxima. Não devemos nos iludir. A mensagem equivocada de uma prosperidade inabalável, de segurança plena nesta vida contrasta com a verdade da Palavra de Deus e com o curso normal da história. Caso tenha dúvidas, dê uma olhada em Apocalipse e comprove.
O mundo se opõe ao evangelho e sua mensagem. Opõe-se a Cristo e sua salvação. Então, Jesus adverte que, chegando a perseguição, muitos deixarão o Evangelho, abandonarão a fé e revelarão o que na verdade sempre foram – pessoas que estavam na igreja mas que não possuíam uma real experiência com Jesus. Nos primeiros tempos do cristianismo, o historiador Tácito escreveu sobre a traição de cristãos que temeram o martírio: “Primeiro eram presos os que confessavam ser cristãos e, com base na informação desses, era certo chegar-se a uma multidão” (Tácito, Anais 15:44). A História da Igreja mostra que muitos cristãos temendo enfrentar os leões, os cães ferozes, as arenas onde eram martirizados ou outras formas de tortura, negavam sua fé e entregavam seus irmãos. Muitos, abrandada a perseguição, até voltavam, mas tinham de passar longo tempo fora da igreja até que provassem seu arrependimento. Nos países onde a perseguição tem sido violenta e agressiva não apenas lances de fé e coragem tem acontecido. Muitos têm traído seus irmãos, sua igreja e Jesus Cristo por medo, por favores, por não suportarem a idéia de sofrer por Jesus ou porque nunca tiveram real experiência com o Senhor.
Mas, o que dizer de nossa realidade? Não temos uma perseguição tão ostensiva e clara, temos? É verdade que não temos pois ela é sutil e discreta, conquanto aconteça. Mas vamos pensar juntos: Se necessário fosse sofrer por Jesus, perder o seu cargo ou o seu emprego por causa de Jesus, entregar sua segurança por causa de Jesus, ser rejeitado por seus familiares e negado por amigos também por causa de Jesus, o que você faria? Afirmaria a sua fé em Cristo ou negaria o Senhor? Entregaria seus irmãos ou aceitaria beber o cálice que o Senhor bebeu? Se pensarmos que hoje, sem qualquer perseguição ou dificuldade há os que se aborrecem com Deus e deixam sua fé esfriar porque o resultado do concurso não foi satisfatório; se considerarmos que há os que não são capazes de ir ao culto da noite porque está chovendo ou porque não gosta de deixar o carro novo alguns metros depois do templo; se considerarmos que há os que entre o culto e o jogo de futebol preferem este último; se levarmos em conta os que negam a Cristo diante de uma sala de aula ou de um grupo de amigos, podemos então perceber que o que Jesus falou é a plena verdade: “Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão”. Se hoje por questões menores há aqueles que preferem deixar Jesus e a sua igreja de lado, imagine só se deles for exigido o sofrer e por em risco a própria vida por causa de Cristo!
Se hoje ligarmos nossa TV, veremos muitos pregadores com a Bíblia na mão pregando uma mensagem bastante atraente: cura, prosperidade e sucesso. Mas alguns anos atrás, ouvi um brilhante pregador, Dr.Richard Baxter, fazendo uma bela exposição sobre Jó e seu livro. Em sua última mensagem da série ele fez, na última palavra que deu, antes de orar e terminar, a seguinte pergunta: “E se você, como Jó, perdesse tudo – os bens, os filhos, a saúde, os amigos, a própria dignidade ao ter de rolar na cinza cheio de dor e feridas – continuaria adorando e servindo a Deus?”
Na seqüência da perseguição vemos a traição, o abandono da fé e o afastamento de muitos. De que lado você estará? Com Cristo ou longe dele? E se hoje as respostas de suas orações não chegarem e as promessas de prosperidade não se cumprirem em sua vida, você continua com Cristo ou o abandona? Se existir alguma dúvida, passe pela cruz novamente. Contemple o sacrifício de Jesus na cruz. Entregue seu coração de fato nas mãos do Senhor. Isso será suficiente para estar com Jesus em qualquer situação. Uma família estava sendo martirizada por muçulmanos radicais. O marido, diante de seus filhos e esposa se recusava a negar Jesus. Por fim, um buraco foi aberto e todos foram postos ali. Os homens foram enchendo de terra aquele buraco com a família dentro. Ao ver que a terra já quase cobria o filho menor, o pai em lágrimas ameaçou atender a ordem de seus algozes, mas ouviu as palavras firmes de sua esposa: “Não faça isso! Lembre-se de Jesus!” Apesar de mortos, seu testemunho ecoou e, certamente, foi coroado nos céus. Lembremos de Jesus!

Do seu Amigo e Pastor
Roberto da Silva Santos

(IBCT - Igreja Batista Central de Taguatinga)

domingo, 28 de março de 2010

E a Bíblia Está se Cumprindo (4)


Em pleno Século XXI, quando noções básicas de direitos humanos e respeito às liberdades individuais são claramente discutidas e reivindicadas mesmo por crianças em sua idade mais tenra, ainda vemos perseguições por motivação religiosa. Sobre isso fala Jesus ao tratar dos sinais de sua volta, no capítulo 24 de Mateus. Ele afirma: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome” (v. 9).
Nunca foi novidade a perseguição religiosa contra cristãos. No Novo Testamento vemos a perseguição sofrida pelo próprio Senhor da parte de religiosos (fariseus, saduceus e escribas) e de políticos de seus dias (herodianos, romanos). A igreja dos primeiros dias também enfrentou uma forte perseguição, com torturas e mortes. Assim tem sido ao longo da história com lances emblemáticos como a Inquisição que, com aparência cristã, perseguiu todos aqueles que ameaçavam a fé dominante ou praticavam a verdadeira fé. Devemos lembrar que a Inquisição perseguiu, torturou e matou protestantes sem cerimônias. Se olharmos para o Brasil, veremos uma história de perseguição e restrições às igrejas evangélicas e seus seguidores. Igrejas foram incendiadas, crentes foram perseguidos e impedidos de viverem em paz em nosso solo pátrio. Ainda hoje, mesmo de forma silenciosa e disfarçada, ainda vemos a perseguição religiosa acontecer. Nos interiores de nosso país, ajudas governamentais ainda são monopolizadas por sacerdotes romanos que os suspendem quando há conversão ao cristianismo evangélico. Eu mesmo presenciei isso de perto quando atuei em Minas Gerais. Ao redor do mundo, muitos são perseguidos parcial ou totalmente ou impedidos de exercerem sua fé. Outros ainda são perseguidos, torturados e mortos por causa de sua fé.
A Missão Portas Abertas divulgou recentemente a relação dos 10 países onde os cristãos enfrentam maior risco por causa de sua fé. Na ordem: Coréia do Norte, Arábia Saudita, Irã, Afeganistão, Somália, Maldivas, Yemen, Laos, Eritréia e Uzbequistão.
Na Coréia do Norte, uma mulher de 33 anos, Ri Hyon-Oh, foi executada publicamente em 16 de junho do ano passado em Ryongchon, acusada de distribuir Bíblias. A morte foi confirmada pelo governo norte coreano que afirmou que, além disso, a mulher era espiã da Coréia do Sul. O marido de Ri Hyon-Oh, seus três filhos ainda crianças e os pais da executada foram enviados para um campo de prisioneiros políticos no nordeste do país. No país há uma fictícia liberdade religiosa, apenas para amenizar as críticas internacionais. Na capital, as quatro igrejas autorizadas (católica, protestantes e ortodoxa russa) funcionam para turistas, mas não possuem liderança e nem membros.
No Irã, duas jovens de 27 e 30 anos continuam presas por causa de sua fé cristã. Após alguns meses de prisão, ouviram a condição de sua libertação da boca do juiz: Vão negar a vossa fé e retornar ao Islã?”- Como a resposta foi negativa, foram enviadas de volta à cela para que “continuassem refletindo”. A fiança foi estabelecida em valores elevadíssimos – 300 mil Euros!
Dias passados o governo cubano libertou o pastor Carlos Lamelas após quatro meses de prisão sem justificativa. Nesse período só recebeu seu advogado uma vez e por cinco minutos e a visita da esposa com escolta. O pastor é engajado no movimento de que pede a liberdade religiosa em Cuba.
Na Índia, no estado de Orissa, no ano passado, cristãos foram impedidos de votar. Eles foram ameaçados por hindus. Na região, mais de três mil cristãos encontram-se em campos de refugiados em virtude da violência que sofreram dos hindus. No Paquistão, uma mulher muçulmana de 24 anos, convertida ao cristianismo, sofreu violências sexuais de seus próprios familiares, como represália, e teve de refugiar-se com seu marido e dois filhinhos porque recebeu ameaças de morte de toda a família. No país, os clérigos muçulmanos estabelecem castigos aos que deixam o Islã e pregam a morte dos chamados “hereges”. Em Jerusalém, a Igreja Batista de Jerusalém Ocidental tem sido constantemente atacada por receber judeus convertidos. A igreja já foi incendiada e atacada diversas vezes.
No México, nas regiões sul do país, cristãos evangélicos tem sido ameaçados, presos e pressionados com o risco de perderem suas propriedades caso não participem e nem ofertem para as festas rituais promovidas por católicos tradicionais, no estado de Oaxaca.
Segundo a Aliança Evangélica Alemã, a perseguição no mundo está aumentando. São 55 mil assassinatos por ano por motivações religiosas, notadamente na Índia, Indonésia e Paquistão, onde os riscos são acentuados. Para a Missão Portas Abertas: um em cada três cristãos sofre perseguição; em cada dez pessoas no mundo, uma é cristã perseguida; mais de 200 milhões de cristãos enfrentam intensa perseguição; mais de 250 milhões de cristãos sofrem alguma forma de discriminação.
O que o Senhor Jesus afirmou tem se cumprido. A perseguição a que Ele se refere envolve muito mais que palavras, envolve aflição (At 4.3; 8.1; 12.4; 13.50; 14.19; 2 Co 1.23-25). Envolve homicídio (At 7.59; 12.2). Envolve, ainda, ódio por todas as partes. Segundo dados, a perseguição contra os cristãos está presente de modo violento em cerca de 90 países.
Essa perseguição acontece por alguns motivos. Primeiro porque o mundo sem Cristo resiste ao modo de viver cristão de retidão. A conduta cristã conflita com o desejo que se tem de levar a vida de modo vulgar, frouxo e sem padrões. Segundo porque o modo de viver puro e justo não combina com a tendência corrupta do mundo sem Cristo. O mundo sem Cristo vive para satisfazer a carne e isso não coaduna com o ensino do evangelho. Terceiro porque o mundo sem Cristo se opõe à mensagem de arrependimento, negação do pecado e volta para Deus. Prefere negar a culpa do pecado e viver por si, sem Deus.
O que Jesus ensina é que a perseguição virá de todos os lados, não por causa de motivações políticas, de sistemas de governo ou por mera divergência religiosa. As causas são espirituais e muito mais profundas do que se pode perceber. Virá da clara oposição do coração endurecido que rejeita a mensagem amorosa e reconciliadora do evangelho. É o quadro que vemos intensificar. E assim, a Bíblia está se cumprindo!

Do seu Amigo e Pastor
Roberto da Silva Santos

IBCT - Igreja Batista Central de Taguatinga