segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Despedidas e Boas-vindas: a Orquestra da Vida


Depois de bastante tempo sem postar nada, voltei. Esses dias têm sido de certa forma bastante corridos, por conta do final da graduação, trabalho final, etc. Os dias passados foram sobremodo interessantes... Acho que desde Dezembro último, me despedi de amigos como nunca antes em minha vida. Na segunda metade de 2010 conheci um número grande de novas pessoas, das quais mais de três quartos não tenho nem idéia de quando irei rever.
Voltando pro Brasil, comecei a pegar de forma mais consistente na monografia. Acabei de terminá-la, para ser mais exato! E falando em cumprir deveres, retornei à fazenda onde fiz estágio por cerca de quatro anos na sexta passada para me despedir do pessoal que lá trabalha. Tecnicamente, foi a última vez que fui lá. Mais saudade ao voltar pra casa.
Não pude deixar de refletir sobre esse tema. Em breve, me despedirei de todos os que conheço desde criança, todos os amigos da adolescência e os familiares. Mudar de Estado tem essas desvantagens. A saudade vai apertar, certamente. Apertar como nunca apertou anteriormente. Mas isso faz parte da vida.
Mas sei que, chegando lá, conhecerei novas pessoas, farei novos amigos. Os amigos “antigos” certamente não serão esquecidos, essa internet é algo muito bom, não é verdade? Tem MSN, Skype, Orkut, email e tantas outras parafernálias digitais que possibilitam comunicação eficiente e de baixo custo. E também eu sei que com freqüência estarei de volta à minha terra natal.
Desde o início da graduação, fiz amigos maravilhosos. Às vezes, alguns começam a ficar distantes por conta da Orquestra da Vida, mas continuam amigos. Outros ficam cada vez mais pertos, mesmo estando a milhares de milhas de distância. Agradeço a todos vocês, que agüentaram o “velho Ed”, estiveram perto e tal. Agradeço por vocês existirem e por ter conhecido vocês. Agradeço aos amigos que conheci na França, brasileiros, gregos, africanos, franceses... Tantas diferentes nacionalidades, tantas amizades. Foi muito bom. Agradeço também aos amigos que ficaram no “porta-aviões” Brasília, que me apoiaram a distancia, durante a minha “missão”.
Aos amigos que irei conhecer fica a curiosidade por enquanto. Tenho pensado bastante sobre isso. Sei que Deus é maravilhoso e misericordioso. Anseio por conhecer àqueles que Ele escolheu para encontrar comigo no caminho da Vida.
Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia nasce o irmão” Provérbios 17:17
Sei que é uma maneira simples de agradecê-los. Certamente, nem todos os que eu quero agradecer saberão da existência desse post. Mas mesmo assim, obrigado.
Edgard MacFraggin'

domingo, 2 de janeiro de 2011

O Cruzeiro Marítimo da Vontade de Deus

E um ano novo toma início. Certamente, no mês passado refletimos muito dobre o que foi 2010 e também sobre nossas vidas como um todo. Estou aqui escutando Larry Norman (o qual recomendo a todos. Compôs harmonias tocantes com letras profundas). E, como primeira postagem de 2011, vou falar de um tema que eu acho muito interessante e totalmente particular a cada um: a vontade de Deus.
A história que eu mais gosto com relação a esse tema é a do profeta Jonas. Que história marcante. E que homem duro e difícil ele foi. A Bíblia relata que...
Certo dia, o SENHOR Deus disse a Jonas, filho de Amitai: Apronte-se, vá à grande cidade de Nínive e grite contra ela, porque a maldade daquela gente chegou aos meus ouvidos. Jonas se aprontou, mas fugiu do SENHOR, indo na direção contrária. Ele desceu a Jope e ali encontrou um navio que estava de saída para a Espanha. Pagou a passagem e embarcou a fim de viajar com os marinheiros para a Espanha, para longe do SENHOR.” Jonas 1:1-3
E assim, Jonas começou a fugir ao chamado que Deus o tinha dado. Achou que podia escapar do Senhor Todo Poderoso. Se enganou. Jonas estão parte em direção à Espanha, num navio. Provavelmente, o meio mais obvio e mais seguro de se atravessar o mar naquela época. Tudo ia dar certo. Mas aí, uma tempestade começa. Ventos impetuosos, chuva forte, ondas enormes, carga lançada ao mar e marinheiros gritando cada um ao seu deus em total desespero! E enquanto isso, o profeta teimoso dorme em sono profundo no porão da embarcação. Jonas foi duplamente doido: primeiro, ninguém dorme em sono profundo em meio a uma tempestade destruidora em alto mar; segundo, ele estava fora da vontade de Deus.
Seguindo o relato bíblico, os marinheiros o acordam e tiram sortes pra descobrir de quem é a culpa. Sorteiam Jonas. Ele admite estar fugindo da direção Divina e diz que o mar se acalmaria apenas se ele fosse lançado ao mar. Os marinheiros não fizeram isso a princípio. Começaram a remar mais forte, mais a tempestade piorava ainda mais. Por fim, lançaram em alto mar o teimoso do Jonas. E o mar se acalmou.
Em seguida, os marinheiros pegaram Jonas e o jogaram no mar, e logo o mar se acalmou. Eles ficaram com tanto medo do SENHOR, que lhe ofereceram um sacrifício e lhe fizeram promessas. O SENHOR ordenou que um grande peixe engolisse Jonas. E ele ficou dentro do peixe três dias e três noites.” Jonas 1:15-17
Três dias dentro do estômago de um grande peixe. Três longos dias, num lugar abafado, úmido
e com odor desagradável, certamente. Para os céticos, algo impossível de ter acontecido. Mas se a Bíblia diz que foi assim, eu creio com 100% de certeza que aconteceu mesmo. Não foi uma baleia certamente, visto que baleias não são peixes, são mamíferos. E mesmo que não existisse uma espécie de peixe grande o suficiente para abrigar um homem adulto em suas entranhas, Deus poderia ter criado uma do nada ali para aquele momento específico. Deus criou tudo mesmo, poderia ter criado o enorme peixe ali na hora, bastasse uma palavra dEle.
E ali Jonas passou três dias num cruzeiro submarino. Teimoso, podia ter sido uma viagem mais tranqüila, um cruzeiro marítimo mesmo, com as devidas proporções, obviamente. Mas nesses três dias, Deus cuidou de Jonas, visto que: ele não foi digerido; não morreu asfixiado; não morreu de inanição e nem desidratado. Mesmo dentro da barriga de peixe, Deus, exercendo enorme misericórdia, cuidou de Jonas. Naquele período, Jonas orou ao Senhor, agradecendo a Ele por ter sobrevivido ao mar tempestuoso. E a Bíblia diz que Jonas foi vomitado na praia. Deus ordenou novamente que Jonas fosse à Nínive e ele foi fazer o que Deus o tinha ordenado.
Jonas tinha um compromisso prévio com Deus e certamente era capaz de cumprir a missão ao qual tinha sido ordenado. Se Deus o mandou, ele era capaz de fazer. Ele se aprontou para a missão, mas tomou um caminho diferente. Decidiu estar fora da vontade de Deus. Jonas não queria pregar aos ninivitas por motivos culturais, provavelmente. Ele era hebreu, e os hebreus não gostavam do povo de Nínive.
Muitas e muitas vezes, a vontade de Deus nos conduz a fazer, a estar e desenvolver coisas que por nós mesmo não faríamos. Mas é da vontade dEle que emana vida. É somente de Deus que o nosso socorro vem. Fora da vontade dEle, somos como que lançados ao mar, nos afogamos. Em vários momentos estamos como que “dentro da barriga de um peixe”. Situações ruins, desconfortáveis... mas se essa for a vontade de Deus, que maravilha! O melhor lugar no mundo para se querer estar, é no centro da vontade de Deus. O pior, é fora da vontade dEle. Fora, apenas morte por todos os lados é encontrada. No centro, pode-se até estar na barriga de um grande animal, mas ali será o melhor lugar. E sendo necessário esse lugar, Deus nos dará forças para suportar as dificuldades dos momentos.
Que nesse ano de 2011 estejamos desejosos de estar no centro da vontade de Deus. Que a cada dia que passar o nosso desejo aumente mais. Assim, viveremos coisas que não planejamos, grandes aventuras, as vezes um pouco de medo, mas sempre tendo certeza de que Deus está conosco. Guiando-nos e mostrando o caminho. E daqui um ano veremos o quanto 2011 foi bom.
Um feliz 2011 a todos,
Edgard MacFraggin'