quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ateísmo: politeísmo pós-moderno



“O aparecimento dessa fé [judaica] tem sido acertadamente descrito como ‘uma revolução na visão global do homem’. Todas as religiões anteriores e contemporâneas viam o destino humano como sujeito às leis da natureza. Assim como os ciclos naturais retornam ao seu ponto de origem sem pretensão de progresso, assim era a vida humana concebida como um infindável cortejo predestinado passando pelo nascimento e vida – de volta a um ponto de partida nas trevas e no caos. Os próprios deuses estavam sujeitos às paixões, instintos e desejos humanos. Eram associados a emanações naturais – sol, luz, ar, fertilidade, chuva. As forças naturais sendo diversas e numerosas, o conceito pagão de divindade era, conseqüentemente, tão pluralístico que chegava ao caos.”



“Contra o fatalismo característico de civilizações pagãs, o pensamento hebreu, a partir de Moisés, concebe D’us como o autor de forças naturais, isento de seu ritmo cíclico. O desígnio divino realiza-se não na natureza, mas na história humana. O progresso, e não a repetição, é a lei da vida. Na tradição mosaica D’us aplica a Si um novo epíteto: ‘EU SOU O QUE SOU’, aquele que nenhuma definição pode exaurir, o auxiliar onipresente do povo, ‘que se aflige em todas suas aflições  e em Seu amor e Sua compaixão os redime’. O destino humano, uma vez separado do ciclo da natureza, liberta-se da fatalista cadeia da repetição. O homem tem a capacidade de ’rejeitar o mal e escolher o bem’. Está assim dotado de uma dignidade única e ativa, alem do alcance de qualquer outro elemento da natureza.”
ABBA EBAN. A História do Povo de Israel. Editora Bloch, página 19.

                Entre duas potências mundiais – a leste, a Babilônia; a oeste, o Egito – está o território de Israel a nascer. O conceito da época, excetuando a fé do povo de Israel, era de diversas entidades que governavam o mundo: a natureza em suas diferentes facetas eram diferentes divindades. Divindades essas que tinham fraquezas, que poderiam ser manipuladas pela humanidade, etc. Mas em Israel havia a questão monoteísta. Um D’us que “nenhuma definição pode exaurir”. Alguém que deu leis ao povo e que governava, exatamente pois ele foi o Criador de todas elas, as forças da natureza e do universo. É claro que por trás de todas elas existem forças também naturais, como a gravidade, a velocidade da luz, rotação da terra, entre diversas outras. Mas esse raciocínio trás uma essência que diferencia a fé monoteísta da fé politeísta.     
                Entretanto, “depois de Galileu”, as coisas mudaram. Galileu, um cristão, é considerado o pai da ciência moderna. E com a ciência, os processos desconhecidos da natureza passaram, com o tempo, a serem conhecidos e compreendidos. Hoje, sabe-se do ciclo do carbono, do ciclo da água, do ciclo do nitrogênio, de células embrionárias, de dispersão de pólen, de mitose, de movimento dos astros e de energia nuclear. Sabe-se como o leite é produzido nas glândulas mamárias, quais hormônios influenciam o processo e quais hormônios são responsáveis por diversos outros processos. Do ponto de vista do entendimento dos processos, não precisamos mais de um panteão de deuses. Sabemos que não são eles que controlam a chuva, a neve, os mares, a terra. Assim, penso eu, quem mais contribuiu para o surgimento do ateísmo não foi o monoteísmo, e sim o politeísmo. Indo além, pode-se compreender que o ateísmo não é o fim da fé politeísta, e sim sua continuidade. Os motivos que eu observo para isso são:
1)      Sempre houve um conflito entre a fé politeísta e a fé monoteísta. Na minha opinião, a que melhor expressa esses conflitos, foi a Revolta dos Macabeus. Outros povos queriam helenizar (paganizar/”politeismizar”) a fé judaica. Colocar um fim a prática, aos costumes, etc. O ateísmo faz o mesmo atualmente, e faz um proselitismo enorme a nível mundial.
2)      O segundo motivo é que os politeístas adoravam diversos deuses por não compreenderem os processos naturais. Os ateus atuais adoram a si mesmos por terem compreendido os processos naturais. Quase como “não precisamos de nenhum deus pois nós somos deuses; nós controlamos a natureza como queremos”. E tem uma música do John Lennon que expressa muito bem essa idéia. O nome dela é “Serve yourself”. A letra diz exatamente isso, sirva a você mesmo, porque nenhuma divindade fará isso por você.
           Assim, a raiz da fé politeísta é basicamente a mesma raiz do ateísmo. Tanto é que eles criticam basicamente três linhas de fé: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. E todas elas são monoteístas e têm relações amáveis com a ciência ou com outros cultos completamente politeístas. 
             Ou é um conceito de um deus inexistente ou um conceito tão vasto e caótico que ele não é deus de qualquer forma. Ambos são formas de pensar politeístas. 
Edgard MacFraggin'

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Os quatro níveis de interpretação bíblica e o Mistério

É interessante escrever aqui depois de um bom tempo. Ver o quanto o tempo passou e o que aprendi de novo. Nesse intervalo, comecei e ler o livro chamado "A Ética do Sinai", de Irving M. Bunim. Um livro excelente. Deveria ser lido por todos que professam a Fé Monoteísta. É um livro ortodoxo, sim. Mas vê-se claramente que a linguagem desses sábios judeus na maioria dos momentos foi muito semelhante à linguagem do Messias Yeshua [Jesus]. 
Os sábios dizem que um texto bíblico não possui apenas a interpretação literal, pois o texto bíblico é poético (lembrando que poético não tem nada a ver com poesia). A poética é a linguagem mais profunda, que apresenta diferentes níveis de interpretação. Ao assumir que um versículo deve ser traduzido APENAS literalmente, esquece-se do Mistério. Assim, a Bíblia passa a ter o mesmo valor de uma publicação científica ou um livro de História. Mas quando assumimos antes de tudo o Mistério, aí ela é o que ela: palavra inspirada por D'us. 
Os quatro níveis de interpretação são: "Peshat", "Rémez", "Derash" e "Sod" (A Ética do Sinai, Introdução, V). Com as primeiras letras dessas palavras, forma-se a palavra "PaRDeS". Essa palavra surge de literatura antiga judaica, e descreve as quatro abordagens da Torá. "Peshat" é o sentido literal, puro e simples do texto. Já para o "Rémez", segue-se a estrutura sintática e gramatical, considerando que determinadas palavras assumem um sentido simbólico ou metafórico. O "Derash" omite a estrutura sintática e até mesmo ignora-se o contexto e segue-se em vasculhar a Torá, em busca de alusões e associações. Já o "Sod" é a interpretação mais profunda do texto, de forma bastante espiritual, chegando a um significado mais profundo que os outros três. 


O livro dá como exemplo o seguinte: considere uma tonelada de carvão. Para uma pessoa comum, isso pode significar apenas isso, 1000 quilos de carvão. Esse é o primeiro nível, o "Peshat". Outra pessoa, mais religiosa, entende que o carvão foi feito por D'us, para que a humanidade pudesse se aquecer. Essa é a abordagem do "Rémez". Uma terceira pessoa estudaria o carvão, e o conseguiria transformar em gás, facilitando o transporte do combustível. Essa mesma pessoa poderia estudar mais ainda e produzir uma fibra sintética, o nylon. Ainda, pode-se demonstrar que um leva ao outro. Essa é a abordagem do "Derash". Mas, pode-se existir uma quarta pessoa, um físico, que consegue realizar fissão nuclear do carvão e liberar assim uma quantidade enorme de energia. Esse é o "Sod", o último nível. A primeira pessoa certamente vai achar a que a fissão nuclear é um mistério, e ela não poderá compreender profundamente. Apenas o físico, um cientista que estudou muito, que possui vasto conhecimento técnico, irá compreender. De modo análogo, apenas os grandes eruditos, que têm experiencias com o Eterno, podem chegar a esse nível. 
Em Jeremias 23:29, o Eterno afirma que "Sua Palavra, é como um martelo que despedaça a rocha". O Talmud comenta sobre esse versículo que quando o martelo bate, a rocha se parte em vários fragmentos; do mesmo modo, quando o Eterno fala, suas palavras tem diferentes expressões (70 expressões, segundo o Talmud). O Talmud afirma que "um versículo das Escrituras Sagradas pode admitir muitos significados". 
Que o Eterno nos abençoe e nos guarde,
Shalom Aleikhem, 

Edgard MacFraggin'



sábado, 18 de agosto de 2012

Amor aos animais, Veterinária, Yeshua, Contrabando de Ilícitos e Abate em Massa

Foto muito antiga, o saudoso Frangolino não
está mais entre nós
Eu decidi ser veterinário em 1999. Tinha 12 anos na época. Faz um tempo já isso. Naquele tempo, muitos acharam que era só “mais uma coisa que o Edgard inventa”. Mas o tempo passou e eu continuei firme. Mas porque veterinária? Bom, obviamente porque eu gosto de animais. E o porque disso? Desde criança tive muito contato com eles. Uma das coisas que eu mais gostava de fazer dos 2,5 – 9 anos era ficar brincando dentro de um galinheiro que tinha na minha casa. Além das galinhas, tive coelhos, cachorros, e um jabuti, simultaneamente. Portanto, uma passagem que muito me incomodava, até recentemente era aquela em que Yeshua expulsava demônios de um homem de Gadara e os permitia que entrassem em uma manada de quase 2.000 porcos (Mateus 8:30 em diante; Marcos 5:11 em diante). Eu no fundo, no fundo achava que os porcos eram coitados, que não deveriam ter sofrido isso, que não tinham nada a ver. 
Mas daí uns dias atrás estava conversando com um amigo meu, o Borba, e ele me disse que assistiu a uma pregação que o pastor falou sobre isso. Bom, o ministério de Yeshua foi dentro de Israel. Assim sendo, o que uma manada de porcos estava fazendo ali? Se o Eterno tinha dito que eram animais proibidos de serem consumidos por serem impuros (Levíticos 11:7)! Com certeza eles não criavam os porcos como animais de estimação. Era certamente para o abate e consumo da carne! Tanto é que o texto relata que os homens que cuidavam dos porcos fugiram, foram contar aos moradores o que havia acontecido. Os moradores fizeram o quê? Pediram que Yeshua fosse embora dali. Com certeza eles violavam muitos outros preceitos das Torah. 
Yeshua, o Messias, veio para cumprir a Torah. E para defender os 613 preceitos dela. Isso é óbvio, ele é judeu. Ele foi para a região de Gadara não apenas por conta do homem endemoniado. Ele foi ali também para resolver a questão do contrabando de ilícitos que estava ocorrendo ali em Israel. Glórias a D’us, que nos enviou Yeshua. E glórias a D’us que Yeshua considerou a Torah como preciosa. 
Edgard MacFraggin'

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

The Coloring Song


Poxa, creio que nesse blog nunca falei do Petra - uma banda de rock cristão muito clássica, o pessoal das antigas - como eu - com certeza conhece. É por conta de uma música deles o nome desse blog inclusive. A música se chama "I am on the Rock" e antes do refrão eles exclamam: "there's no rock in this world but our G-d!!" (não há outra rocha nesse mundo a não o nosso D'us!!).  Mas hoje vou falar de uma música muito linda, que estava escutando no carro pela manhã, no caminho de vir ao laboratório.  Abaixo, coloquei a tradução da música:


Vermelho é a cor do sangue que escorreu
Pela face dAquele que tanto nos amou
Ele é o homem perfeito, Ele é o próprio Filho de D’us
Ele é o Cordeiro de D’us, Ele é o único
Que nos dá vida, que pode nos fazer crescer
Que faz o amor entre nós fluir

Azul é a cor de um coração tão frio
Que não irá se curvar quando for contada a história
Do amor de D’us por um povo pecaminoso
Do sangue que escorreu pelo rosto de Yeshua (Jesus)
Que nos dá vida, que pode nos fazer crescer
Que mantém nossos corações longe de ficar frios

Dourado é a cor do sol da manhã
Que brilha tão livremente sobre todo mundo
É o sol lá em cima que nos aquece
É o Filho do Amor que acalma a tempestade
Que nos dá vida, que pode nos fazer crescer
Que pode tornar nossas manhãs em ouro

Marrom é a cor das folhas no outono
Quando o Inverno chega para as árvores estéreis
Há nascer, há morrer, há um plano
E há apenas um D’us, e há apenas um homem
Que nos dá vida, que pode nos fazer crescer
Que pode fazer nossos pecados brancos como a neve

Que nos dá vida, que pode nos fazer crescer
Que pode tornar nossas manhãs em ouro
Que nos dá vida, que pode nos fazer crescer
Que mantém nossos corações longe de ficar frios
Que nos dá vida, que pode nos fazer crescer
Que faz o amor entre nós fluir

Que música linda!! Sim, a teologia dela é simples e verdadeira: há apenas 1 caminho para se chegar a D'us, e esse caminho se chama Yeshua (João 14:6) - o único Filho de D'us (João 3:16). Simão Pedro afirmou em Mateus 16:16 a clássica frase "Tu és o Cristo, o Filho do D'us vivo". Ao qual Yeshua respondeu, "bem aventurado és tu, Simão Filho de Jonas...". E aí, em Mateus 26:63-65, o sumo sacerdote pergunta a Yeshua se ele era o Filho de D'us. Yeshua diz que sim. Ao que o sacerdote responde que isso era uma blasfêmia suficiente para que Yeshua fosse crucificado. Imaginem se Yeshua tivesse dito que era D'us!! 
Obviamente, não quero incitar nenhum tipo de ódio contra os judeus do tipo "os judeus mataram Jesus" (como escutei recentemente). É verdade que alguns judeus não aceitaram o testemunho de Yeshua. Mas outros JUDEUS como Pedro, Tiago, João, André, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão Zelote (Mateus 2:4) além de Paulo, Lucas, Marcos entre outros. Todos eram judeus e o judaísmo não anulou a fé de cada um no messias judeu. Yeshua era judeu. E todos eles entendiam que Yeshua era o Filho de D'us. Toda a Torah aponta para o Ungido, Yeshua. 

Edgard MacFraggin' 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A falsificação do Super Nintendo e a Origem da vida

Graças aos Super Franco Primos(são os quatro irmãos!)
 fomos apresentados ao Universo dos Video Games, 
em 1992 ou 1993. Assim, meu irmão e eu pudemos passar 
horas de diversão com Super Mario Brothers (meu irmão 
o Mario e eu o Luigi - sempre!)


Ah, como eu amo o meu Super Nintendo. Creio que ganhei meu SNES em 1994 ou 1995. Era muito bom jogar aqueles maravilhosos jogos, aqueles gráficos super legais para a época e tal. O último jogo de SNES que eu comprei foi em 2010 (sim sim, 2010) pelo Mercado Livre, encontrei um cartucho original zerado do Yoshi’s Island: Super Mario World 2. E que jogaço, hein? Um jogo excelente e tal.
Poxa, desde que tenho feito meu dinheiro (do inglês, ok? “making my own money” :] ), tenho procurado e tenho feito assim, só compro jogos originais. Porque eu quero que a Nintendo continue a ser rica mesmo, pra continuar produzindo jogos legais. Produzir jogos tem a ver com programação, com horas e horas, meses, anos, criando softwares e hardwares que sejam compatíveis com os programas. Essa parte é muito difícil, realmente. Exige que se tenha formação ou algum treinamento na área, etc. Agora, na mão dos malandros que falsificam, tudo fica muito fácil! É muito mais fácil falsificar ou ripar um game do que fazer um game. Até mesmo o hardware, depois de feito, é fácil de falsificar. A Nintendo pode passar 5 anos desenvolvendo um hardware que depois de lançado será falsificado em poucos meses. Assim, depois de que algo foi desenvolvido, é moleza – perto do conhecimento necessário para se fazer – falsificar. E esse foi, creio eu, um dos motivos da Nintendo ter saído do Brasil, porque aqui a falsificação e comercialização dos piratas era sinistra. Hoje, nintendistas como eu pagam bem mais caro pra comprar os games, porque agora os originais são importados e há uma taxação muito grande. 
As últimas conversas que tive com ateus, ou mesmo comentários deles, quando se falava da origem da vida, origem da célula, etc, dizendo que tendo a primeira célula, seria muito fácil fazer réplicas delas. E sim eles estão certos nisso. Tendo uma primeira célula fica tudo mamão-com-açúcar. Mas e fazer A primeira célula? É tão simples assim? As explicações disso são sempre muito vagas, como “existiam as moléculas e elas reagiram quimicamente e formaram a célula” ou “você nunca viu o experimento de Miller?” [já refutado, procurem os materiais da SCB – Sociedade Criacionista Brasileira]. Já que foi algo simples assim, porque os cientistas não conseguem reproduzir isso em laboratório? A ciência deve ter repetibilidade! Porque que o Miller não tirou do experimento dele células, ao invés de aminoácidos super frágeis, de isomeria incompatível com a vida? 
Realmente, fazer cópias (“falsificar”) é muito mais fácil que fazer algo original. E mais fácil ainda é ficar falando “blábláblá experimento de Miller, eu amo o Dawkins” e sequer estar presente dentro de um laboratório para ver a dificuldade que os experimentos da área de biologia e saúde carregam. De todos os ateus que eu conheço, talvez nem 10% deles estejam em laboratórios ou são ligados de algum modo à ciência. Os outros, são apenas leigos que falam como se fossem experts do meio científico. É por isso que o Stephen Hawkings (ateu) não fica falando as besteiras que muito ateu por aí fala. 
Edgard MacFraggin'

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

D’us? Mas de que “deus” você está falando?


                Diversas e diversas vezes escuto da boca de ateus coisas desse tipo: “ ‘deus’ é muito injusto, olha a maldade que existe por aí!” ou “criação do barro? Haha que coisa idiota, eu gosto de evidências” ou  até mesmo “se ‘deus’ criou todas as coisas, quem criou deus?” e por aí vai.
                Bom, mas realmente, será que nos debates entre ateus e teístas ambos grupos falam da mesma entidade? Os ateus afirmam categoricamente que o “deus” dos teístas é injusto, é cruel, é pouco inteligente, é finito, e daí pra baixo. Os teístas crêem em um D’us infinito, onipotente, onisciente, onipresente, invisível, mas real. Assim, se o D’us teísta é todo poderoso, dono do conhecimento e da moral, e de todas as coisas, como estudá-lo? Não tem como! Como um ateu pode falar que D’us é isso ou aquilo? É ilógico. Por exemplo, diante de uma  atitude feita por um HUMANO. Um estupro seguido de assassinato. A culpa é de D’us? Se D’us deu liberdade para que nós até mesmo pudéssemos ser ateus se assim desejarmos, a culpa por alguém usar muito mal a liberdade dada por D’us é dEle de não ter impedido o ato? Ah, mas se D’us tivesse intervindo, aí diriam que Ele é cruel, que quer dominar a humanidade, que ele não dá liberdade. É a história do “Menino, o Velho e o Cavalo”.
                Ateus, se D’us é todo sábio, como podereis questionar a sabedoria dEle, se a compreensão de sabedoria da humanidade é limitada? É ilógico. Se o amor de D’us é infinito, como podereis questionar esse amor e dizer que Ele é cruel? É irracional fazer isso. E como pensar que algo infinito poderia ter sido criado? É o cúmulo da visão cega. Mas se D’us tivesse sido criado por alguma outra entidade, que vou chamar de “A”. Assim, “A” seria superior que D’us, certo? É óbvio que sim. Então “A” seria digna de adoração, e não D’us. Mas e agora, e quem foi criou o “A”? Assim, entrasse num pensamento infinito de quem criou quem, ao invés de simplesmente aceitar que infinito é o Senhor, nosso D’us.
                Mas o que mais importa, é que essa é a pura verdade: mesmo que fossem mostradas provas incontestáveis de que D’us é D’us e que Ele existe e que a Torah é boa e deve ser seguida, vocês seguiriam? Óbvio que não. No fundo, vocês não seguem D’us não por que Ele não existe, e sim porque vocês não querem. Pra ficar com a mente tranqüila de finjir que não se está quebrar nenhum preceito moral ou que um dia cada um vai pagar por seus atos, é muito mais fácil brincar de que D’us não existe. Mas se pelo menos vocês vivessem a vida de vocês em paz cada um na sua... mas não: vocês fazem proselitismo! Claro, se lascar sozinho ninguém quer, certo? Aiai. Muitas vezes penso em mudar o nome do meu outro blog “Ser ateu é uma Aventura” pra “Ser ateu é uma piada!”

Edgard MacFraggin'

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

5 trilhões de CDs

Sr Norio Ohga
Norio Ohga é conhecido como o criador do CD que temos hoje. Trabalhava na Sony e faleceu ano passado, aos 81 anos de idade. Não sei se desde o início era assim, mas atualmente o CD tem capacidade de armazenamento de 700 MB. Cabe bastante coisa? Razoavelmente. Dependendo do que se quer gravar dá. Outros arquivos são grandes demais. E também ficar carregando um monte de CDs pra cima e pra baixo é bem inconveniente.  Ainda bem que hoje praticamente tudo tem HD interno de alta capacidade de armazenamento. Muito mais prático e inteligente. Mas eu creio que uma coisa fazia o sr. Norio Ohga morrer de inveja: o DNA.
Muito diminuto em tamanho, se comparado ao CD, o DNA tem uma capacidade de armazenamento incrível. Segundo Leonard Adleman, um biólogo e especialista em informática, 1 grama de DNA tem informação suficiente para ser armazenada em 1 trilhão de CDs. O dr. Jay Segeert (o website dele pode ser acessado clicando aqui), em sua partipação no web show "Creation Today" (clique aqui para ver o programa), para dar a ideia de que quantidade de DNA se está falando, tomou como base uma colher de chá. Ou seja, uma colher de chá de DNA (aproximadamente 5 gramas de DNA) contem informação suficiente para ser gravada em 5 trilhões de CDs. E 5 gramas de DNA não são muita coisa com relação a informação, se comparado ao total dela.
O CD é o objeto de crédtio do sr Norio Ohga. E o DNA, é crédito de quem? Do aleatório? Porque se for, o sr. Ohga não deveria ter planejado o CD. Deixasse o aleatório fazer que com certeza ia sair bem melhor,com imcomparável capacidade de armazenamento. 
Então, segundo a evolução, essa mega complexa molecula surgiu do aleatório. E eles não explicam como surgiu. Pelo menos os que eu escutei até agora apenas falam de moléculas reagindo (mas não falam quais as reações), em milhares e milhares de anos (milhares e milhares de anos de falta de informação, porque não tem a minima ideia do que ocorreu) e querem que eu acredite nessa baboseira? Simplesmente não posso. É subestimar meu intelecto. É escolher o caminho do "eu não sei como foi deixa pra lá então". E ainda se julgam os maiores sabichões. E acham até mesmo mais inteligente que outras teorias, como o Design Inteligente (que inteligente tem até no nome).
Como o DNA pode ser capaz de ser quem ele é e funcionar como ele age sem ter tido um planejamento inicial para isso? O aleatório até agora só fez coisas com relação a mim como deixar o meu quarto bagunçado. E isso foi observacional, não algo que milhares e milhares de anos de não observação fizeram e depois eu vim aqui ficar elucubrando a respeito disso. 
Edgard MacFraggin'

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Finalmente uma postagem sobre dinossauros!!

Euoplocephalus
   Sim, finalmente. Desde 1996 aproximadamente sou apaixonado por dinossauros, embora poucos saibam disso. O meu preferido é o Euoplocephalus. Mas melhor fazer suspense e começar com outra coisa. Uma curiosidade: antes de 1841, os dinossauros eram chamados de "dragões". Mas em 1841, o sr Richard Owen os chamou de "dinosauria", que significa "lagartos terríveis"! Assim, sim os dragões existiram. É quase como chamar mandioca de macacheira. São sinônimos.  Um bom programa sobre esse tema foi um dos episódios do Creation Today, que pode ser visto clicando aqui.  
      Também gosto muito de sapos. E isso não é segredo para ninguém. Já li um pouco a respeito deles, cursei a disciplina "Zoologia de Vertebrados" na UnB, durante a graduação em Medicina Veterinária. Matéria maravilhosa. Aprendi coisas peculiares da biologia dos anfíbios que me fez mudar a forma como os via. Bom, os sapos, e alguns outros anfíbios são excelentes marcadores de poluição de um ambiente. Pequenas concentrações de dejetos, contaminantes, etc, já são suficientes para que esses animais comecem a morrer. Uma das grandes preocupações do tão temido Aquecimento Global é o impacto que a elevação de temperatura vai ter sobre essas espécies, que muito provavelmente irão ser extintas se nada for feito. Outros animais que podem sofrer com essas coisas são as borboletas. Elas são bastante sensíveis com relação à essas variações, tanto de temperatura quanto de poluição. 
       Já os répteis são bem mais resistentes à essas coisas. Mais resistentes às mudanças de temperatura, até mesmo de poluição, pelo menos mais que os anfíbios. Assim, numa ordem de extinção, iriam morrer primeiro os anfíbios e depois os répteis. 
         Voltando no tempo, é incrível observar o relato "aceito" da extinção dos dinossauros e não achar estranho. Bom, falemos de extinção de répteis e os que temos atualmente: muitos dos testudines, crocodilia e squamata sabem nadar e temos diversos exemplares desses animais vivos hoje. E nenhum deles também também tem um tamanho realmente grande como tinham a maioria dos dinossauros. Assim, um asteroide que ninguém viu, ou tocou, ou fotografou, ou cheirou nem nada, caiu do espaço e extinguiu apenas lagartos gigantes. Os outros não foram afetados. Foi um tipo um vestibular com 100% de cotas para dinossauros morrerem. Interessante. Mais interessante ainda é que os anfíbios, que são super sensíveis às mudanças climáticas, não foram instintos. Nem as borboletas. 
     Já eles acham ridículo o registro documental (não estou falando de aspecto cultural) que existe do dilúvio: nem todas as espécies foram salvas. Algumas sim, outras não. Algumas foram sim extintas. Outras não. Simples. E esse registro não está apenas na Torah: basta procurar pela história de diversas civilizações para ver elas falam de um dilúvio no passado, com fatos em comum, como a presença de oito pessoas, animais e algo vindo de D'us. Sim, civilizações na Ásia, Europa, África, América da Sul e do Norte, Oceania. 
        A grande maioria dos cristãos que eu conheço, acha que é suficiente ficar sentando assistindo ao culto todo domingo e depois ir embora pra não viver o que foi ensinado no culto. A grande maioria dos ateus que eu conheço acha que suficiente ler um pouco de Richard Dawkins, escutar Slipknot, ter 17 anos e odiar a D'us sem sequer parar um pouco para estudar coisas a respeito. E ambos os grupos estão errados, porque nem se aprofudam no que professam e ainda atrapalham os outros. A maioria dos ateus não é da área da biologia ou da saúde (até mesmo porque a maioria tem 17 anos, não é idade de ir para a faculdade). Os que são mais velhos, olham cegamente para a biologia como se ela fosse a resposta da humanidade. Se esquecem de estudar sobre história, arqueologia, métodos de datação, física nuclear, química, etc. E se acham os donos da razão. 
          Eu creio em D'us e não nego isso. Eu nunca vi D'us. Os ateus creem em um asteroide que nunca viram e em tantas outras coisas. E depois os teístas, sejam cristãos, judeus ou muçulmanos, são os que são ridículos.
      Como dizia um antigo professor do Ensino Médio, "Pensar é um ato indolor, sem contra-indicações e necessário". 
Edgard MacFraggin'

sábado, 16 de junho de 2012

Haemonchus contortus e Hypsibius dujardini

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Wormandwaterbear.jpg
Alguém já ouviu falar do superfilo ecdysozoa? É um superfilo interessante que contém diversos e bastante variados animais. No link supracitado há diversas informações básicas a respeito desse vasto grupo. Assim sendo, não irei me ater à explicações longas das peculiaridades ou generalidades do grupo. Quero me abordar apenas duas espécies: Hypsibius dujardini Haemonchus contortus. Ter lido o artigo "A Origem dos parasitos", do Dr. Ariel Roth, publicado no número 22, páginas 33 a 43, da Folha Criacionista me fez pensar e repensar diversos conceitos.


O H. dujardini é um animal muito interessante. Basa uma pequena busca no Google sobre ele e verás o quão fantástico é esse pequeno animal que vive nos musgos. É extremamente resistente às adversidades do meio ambiente. Por exemplo, é capaz de resistir à uma exposição de 2700 Gr de radiação, enquanto um humano suporta apenas 100 Gr. Cientistas deixaram alguns deles expostos à radiação cósmica e ao vácuo espacial e eles ainda foram capazes de se reproduzir. Temperaturas próximas ao zero absoluto não fazem cócegas nele. Mergulhos em água à 200 graus centígrados por algum tempo nem o arranham. Alguns cientistas colocam que em questão de resistência, é o animal mais resistente. Em longevidade, por ultrapassar 120 anos de idade. Isso chega a parecer um absurdo, mas é verdade. Esse animal foi projetado para ser incrivelmente resistente às mais absurdas situações extremas e lesivas.

Já o H. contortus é um verme totalmente diferente. Possui uma fase de vida livre e outra de vida em um hospedeiro, ovino ou caprino. Esse parasita é o objeto de estudo do meu curso de mestrado. Durante a fase de vida livre, esse verme não possui muita resistência às dificuldades do ambiente. Basta pequenas variações na temperatura para desestabilizar e fazer que morram as larvas. Comparando a estrutura desses dois animais, observa-se que o  H. dujardini é bastante complexo. Possui oito pernas no total, e na ponta de cada uma delas garras. Possui um planejamento incrível. Já o H. contortus apresenta estruturas muito mais simples, similares às de uma minhoca. Na fase de vida livre ainda possui uma cauda, que logo é perdida quando do início da fase dentro do hospedeiro. E o que isso pode nos ensinar? 
Bom, antes disso, falemos de informação genética. Imaginem um jogo de cartas. Cada carta é uma informação em si. Assim, pode-se embaralhar as cartas da forma como quiser, mas não se pode acrescentar cartas de "lugar nenhum", do ambiente externo, ou de qualquer outro lugar, pois é ilógico. Entretanto, pode-se perder algumas cartas, ou seja, pode-se perder informação, mas nunca ganhar. De modo semelhante, assim ocorre com a informação genética: ela pode ser embaralhada e até mesmo perdida (via mutações, que são extremamente deletérias), mas não pode simplesmente surgir, ou seja, como que ela irá brotar para aumentar a complexidade ou acrescentar nova informação? Isso é filosoficamente um equivoco sem tamanho. Nesse caso, seria um verdadeiro milagre, e o objetivo desse texto não é abordar milagres religiosos, e sim aspectos científicos.
Vale ressaltar também a questão de mudança de espécie. A EMBRAPA, por exemplo, conseguiu desenvolver cultivares de uva que não possuem sementes. Por não possuir sementes, o fruto, a planta, deixou de ser uva? Não. Não houve mudança de espécie pela supressão ou perda da informação genética para produção de sementes. Dessa forma, pode ser que inicialmente quando foi projetado, o H. contortus não era um parasita, mas sim um comensalista. Ao invés de causar dano ao hospedeiro, eles se ajudavam mutualmente. Mas, por perder informação genética, ele foi se tornando mais simples e mudando características a respeito da sua própria fisiologia, passando assim a causar dano aos animais. Isso é bastante plausível, visto que esse parasita habita o estomago químico desses animais, tendo assim uma cutícula própria e irredutivelmente complexa para suportar a acidez estomacal específica de ovinos e caprinos. E semelhantemente ao exemplo da uva, não houve mudança de espécie, não houve "evolução"; muito pelo contrário, corrobora grandemente para o Design Inteligente. 
Assim, um parasita, por ter acesso ao alimento de forma mais fácil, teria um gasto enérgico excessivo caso desenvolvesse estruturas demasiadamente complexas de locomoção, por exemplo, visto que ele não precisa se locomover muito para ter acesso ao alimento. Da mesma forma, um verme de vida livre tem que ter estruturas mais complexas para se locomover, etc. Assim, é plausível que o H. contortus tenha perdido informação genética no tempo, enquanto o H. dujardini a manteve. 

Edgard MacFraggin'

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Árvore Filofenotípica

Ah, se eu pego o Lineu, ele ia ver só... poxa, coitado do cara. Creio que não foi essa a intenção dele. Ele queria apenas classificar os seres vivos. E ele se baseou em genética? Não. Ele se baseou em características fenotípicas, de reprodução, etc. Mas o Lineu não tinha também toda a genética que temos atualmente disponível. 

Zebróide
Assim, baseando-se em genética, muito provavelmente Lineu "desceu muito" na classificação. Talvez, espécie não queira dizer o que temos hoje, e sim, o Gênero. Ou talvez até mais em cima, Família, geneticamente falando. Sabe-se de casos de reproduções entre "espécies" diferentes, como no caso da mula, do coydog (cruzamento de macho coiote com fêmea de cão doméstico), dos "zebroids" (cruzamento de cavalos com zebras), etc. Assim, esses animais são geneticamente muito próximos, embora tenham sido classificados como espécies distintas. A classificação de Lineu não tem nenhum valor biológico em si mesma: por exemplo, se classificar um cachorro como uma planta, ele continuará sendo um cachorro. Assim, não é por causa dessa classificação que os seres vivos deixaram de ter proximidade genética com outros fenotipicamente diferentes. E sabe-se hoje que algumas espécies classificadas num mesmo gênero são geneticamente muito diferentes e que espécies aparentemente "distantes" taxonomicamente, geneticamente são muito próximas. 
Coydog
Assim sendo, como falar em Origem das Espécies? É muito mais plausível falar-se em um Projeto inicial de Famílias (segundo a classificação de Lineu): o projetista fez canídeos, felídeos, rosaceas, etc... Não houve evolução. Porque até mesmo o conceito de espécie é classificatório: não necessariamente reflete a realidade.  

Edgard MacFraggin'

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Taxonomia de MacFraggin'


Bom, MacFraggin', um estudioso e admirador da vida, nascido no século passado, criou um sistema de classificação taxonômica única: separou as espécies através de grupos de cores. Assim, no grupo "Verde" estão contidas a maior parte das plantas, assim como diversos fungos e tantos animais, como alguns besouros, louva-a-deus, sapos, rãs, periquitos, papagaios, serpentes, lagartos, testudines, crocodilos, entre outros. No grupo "Roxo", estão peixes, algumas algas, corais, crustáceos, moluscos, etc. E assim foi a classificação para cada cor existente. Vale relembrar que a classificação não alterou em nada as características fisiológicas de nenhuma das espécies: cada uma delas continuou como fora projetada para ser. 

Muito prazer, o sr. MacFraggin' sou eu. Viu? Qualquer um pode criar uma classificação taxonômica. Isso não altera nenhuma espécie, é apenas uma ferramenta didática e de pesquisa, que auxilia em muita coisa, mas é apenas ferramenta. O mais usado até hoje no meio científico é a Classificação de Lineu, do século XVIII. Mas ela não foi a única: Aristóteles classificou os animais em "sem sangue vermelho" e em "com sangue vermelho" (século III a.C.), John Ray no século XVII apresenta o conceito de "espécie", entre outros. Abaixo, na figura, pode-se observar como isso tem variado até hoje!!

Desenvolvimento da Taxonomia de 1735 a 1990.
Assim, observa-se que a taxonomia é uma ciência bastante mutável e nada rígida. Por exemplo, não podemos desvalorizar Aristóteles pela taxonomia que ele desenvolveu: caso desvalorizemos-o, estaremos olhando o século III a.C. com os olhos de agora. E isso é de uma ignorância histórica absurda.

Existe ainda uma outra classificação taxonômica ainda mais antiga, que a chamarei didaticamente de Taxonomia Mosaica. Ela foi descrita por volta dos anos 1391 a.C. - 1271 a.C (Wikipedia) por Moisés, pois foi o tempo de vida dele. Nele, Moisés descreve atos que hoje, cientificamente falando, está errado. Mas o relato Mosaico não tem compromisso com a Ciência Moderna, visto que Galileu, pai desta, veio a existir milhares de anos depois de Moisés. Por exemplo, Moisés relata que coelhos "ruminam" e que "morcegos" são aves. Leia o trecho abaixo: 

"Dentre os animais, todo o que tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, e rumina, deles comereis. Destes, porém, não comereis; dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas; o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; esse vos será imundo; E o coelho, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; esse vos será imundo; E a lebre, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; essa vos será imunda. Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não rumina; este vos será imundo. Das suas carnes não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; estes vos serão imundos. De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis. Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação. Ser-vos-ão, pois, por abominação; da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver. Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação. Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango, E o milhano, e o abutre segundo a sua espécie. Todo o corvo segundo a sua espécie, E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião segundo a sua espécie. E o bufo, e o corvo marinho, e a coruja, E a gralha, e o cisne, e o pelicano, E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.
Levítico 11:3-19

A classificação mosaica em nada mudou a fisiologia das espécies descritas. E também serviu didaticamente para a população daquela época. Assim, julgar a classificação mosaica com os olhos científicos de hoje é pura demonstração de falta de conhecimento histórico. É apenas ser realmente cruel e enganar os menos entendidos a troco de nada. É ser, em última análise, extremamente preconceituoso ou teismofóbico. 

Edgard MacFraggin'

quinta-feira, 7 de junho de 2012

As Tartarugas Ninjas e o Evangelho

Destruidor 
"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." João 10:10



Desde muito pequeno, meu desenho favorito foram as Tartarugas Ninjas. Até hoje, como um bom nerd mantenedor de tradições, ainda gosto bastante. Os jogos são excelentes, principalmente o "Turtles in Time", do SNES. Assisti todos os quatro filmes, e os acho muito bons. No último, lançado no Brasil no dia 13 de Maio de 2007, eu fiquei muito triste porque o horário do site do cinema estava errado, e quando fui pra lá esperando pela última sessão, esta tinha sido horas antes. Fui forçado a assistir dois dias depois, no dia 15 de Maio...

Bom, nerdisses a parte, quero compartilhar essas palavras de Jesus de João 10:10, comparando com a atualidade. O diabo (ladrão) veio para roubar, matar e destruir. O inimigo das Tartarugas Ninjas mais clássico é justo o Destruidor (acho que foi a tradução, talvez o mais correto fosse "Retalhador" - como publicado nos primeiros quadrinhos aqui do Brasil). E para mim esse nome se encaixa perfeitamente com o personagem e para a comparação que estou fazendo. 

O olhem como que o universo TMNT (Teenage Mutant Ninja Turtles) se parece com o cristão: são quatro tartarugas bem treinadas lutando a maioria das vezes sozinhas contra todo o exército comandado pelo Destruidor, o Clã do Pé (Foot Clan)! Muitos cristãos têm lutado praticamente sozinhos contra esse mundo cruel, não se conformando com esse século (segundo Romanos 12:2), enquanto muitos outros, tão capacitados quanto estão calados, inertes, sob a desculpa de "não vou falar nada porque senão vai atrapalhar a pregação do evangelho". Tenho lidado muito com ateus no meio acadêmico. E os poucos cristãos que estão ali muitos estão calados. Prestem atenção: se vocês falarem sobre a Verdade, os ateus não terão repulsa ao Evangelho, sabem porque? Porque eles já têm completa repulsa à Deus, à Fé cristã, aos padrões morais, etc. Então, se vocês também abrirem a boca, talvez algo acontecerá, e algo de positivo. Levantem!! Se preparem!! Nosso Deus está às portas!! A hora da Batalha Final se aproxima!! 

Em cima, da esquerda pra direita: Leonardo e Raphael
Embaixo, da esquerda pra direita: Michealangelo e Donatello
Nós somos como as TMNT: somos poucos, mas faremos a diferença. Lutaremos pela Força que Nosso Deus nos deu contra o Destruidor das nossas almas. 

Cowabunga, dudes! 

Edgard MacFraggin'

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Depressão: um mal real, mas Deus me curou

Novamente direi: alegrem-se!” 
Filipenses 4:4
 
            O ano passado para mim foi muito difícil em diversos aspectos. A saída da casa dos meus pais, uma nova moradia, uma nova cidade, nova igreja, novos amigos. Novos desafios. O resultado no final do ano foi o inicio de uma crise forte de depressão.
            Foram dias horríveis. Dias em que eu pensava em morrer, todos os dias praticamente. Sabia até que dose de medicamento seria letal... pensei sim em suicídio. Mas eu sabia que Deus não se agradaria disso e que também haveriam conseqüências eternas para esse ato. Não contei para ninguém sobre isso, mas talvez fosse visível em como eu estava vivendo. Cheguei a pensar que tinha perdido a Salvação, que Deus com certeza não estava se agradando da forma como eu estava vivendo, que Ele tinha me abandonado. A tristeza era tanta, que parecia ser palpável. A vida era uma droga. Simples assim.


            Nesse período, praticamente não fiz nada do que estou acostumado a fazer. Quase não joguei videogame, quase não li a Bíblia ou quadrinhos, não fiz praticamente nada. Alguns dias, passava-os inteiros em frente ao computador olhando nada. No início, joguei muito xadrez, isso me distraia bastante, me ajudou ali no início. Além de tudo isso, não queria mais nem tomar banho, vários dias fiquem sem tomar banho. Não fosse a insistência principalmente da minha família, tinha ficado por isso mesmo, um verdadeiro “Cascão”.
            Comecei a fazer tratamento com medicamentos, que me ajudaram no lado físico da doença. O pr. Pedro Botelho foi o psicólogo que muito me ajudou a enxergar diversas coisas que não percebia, e eu sou muito grato a ele e ao seu ministério. Outras pessoas estiveram ao meu lado constantemente, mesmo sabendo que eu não tinha NADA a oferecer a elas. Faço questão de destacar os meus pais, meu irmão, o tio Wesley, o pr. Roberto e a irmã Marcione, os pastores da PIB de Piracicaba, o irmão Mauro e Deuzinha, o Lucas, o César, a Juliana, a Fofi, o Victor, o César (professor do Kung Fu), a Stela, o Bernardo, entre outros. Até o Donald – meu cachorro – esteve ao meu lado! Eles sabiam do problema e me incentivaram, ligavam, cuidavam de mim.
            Hoje eu percebo que o que me fez ficar mal foi ter sido passivo a muita coisa, mesmo em meu prejuízo, em nome da diplomacia. Não valeu a pena. Fui extremamente prejudicado por conta disso. Pessoas trabalharam ativamente visando o meu mal. Creio que os fatos mais graves que sofri ano passado foram Estelionato Qualificado pelo Concurso de Pessoas e Lesão Corporal Dolosa Qualificada por Motivo Fútil (que foi Leve apenas porque Deus me guardou, porque tinha tudo para ter sido Gravíssima). E esses crimes ainda restam impunes! De pessoas em quem depositei minha confiança, de modo bastante inocente. Não vou citar o nome de quem fez isso, porque isso não importa. Mas me fez muito mal. Fez-me, com o tempo, adoecer. Assim, Piracicaba, o mestrado, tudo se tornou um verdadeiro inferno para mim. Paguei um preço muito caro por tudo isso. Mas eu sei que o meu Deus me vingará. 
            Mas esses meses passaram. Desde o início do ano, estou de volta na casa dos meus pais, e isso foi essencial para a minha melhora. Não tinha condições de continuar morando em Piracicaba, pelo menos naquela época. Voltei para casa para me restabelecer, e hoje acho que ainda não estou 100%, mas talvez uns 70% já esteja. Me sinto animado, voltei a fazer coisas que eu sempre gostei, a ter alegria em ir para a igreja, de estar com os amigos, etc.
            Talvez agora você me pergunte se eu ainda acho que a vida seja uma droga. Sim, eu ainda acho, e foi isso o que eu aprendi com a depressão. Jesus disse em João 16:33 que no mundo teríamos aflições e problemas, mas que tivéssemos bom animo. Lá em Filipenses, Paulo diz que devemos nos alegrar. Imperativo. A Juliana foi quem primeiro me mostrou esse texto de Filipenses, e eu não entendi nada naquela época. Mas agora eu entendo esse texto, vou compartilhar o que eu penso.
            O ar que a gente respira é bom? Não, é uma droga. E a água que bebemos? Também é uma droga. Tudo da Criação ficou uma droga, por conta do pecado. Se estivéssemos no Jardim do Éden, o ar seria maravilhoso, a água, tudo, tudo, tudo. Por isso digo que a vida agora é uma droga. Mas Deus nos deu coisas para aliviar esses momentos, nos enchendo de alegria, mesmo a vida sendo uma droga. Se a vida é uma droga, qualquer coisa deve ser capaz de nos alegrar. Pequenas coisas. Se eu brinco com meu cachorro, é motivo de alegria. Deus o criou, permitiu que o tivesse, e isso me dá alegria. Mesmo a vida sendo uma droga, eu sinto alegria. Por estar com os amigos, sinto alegria. Por dormir e acordar, sinto alegria. Por não estar doente, sinto alegria. Eu não espero mais nada dessa vida, ela é uma droga mesmo. Mas me recuso a não me alegrar, porque Deus tem suprido as minhas necessidades.
            Agora, eu amo a Deus. Talvez, mais do que antes. Ele não me abandonou. Tocou no coração de pessoas para que elas estivessem comigo e se preocupassem e cuidassem de mim. As trevas foram embora da minha mente, esse monstro que me assolava foi para um calabouço. Viver é bom, embora a vida seja uma droga. Viver é bom, apenas se servimos a Deus.

Edgard MacFraggin'