sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Racionalidade da Fé


Há uns dias atrás estava conversando com o César, um amigo meu. Estávamos discutindo se o agir do Espírito Santo é algo estritamente racional, emocional ou uma mistura dos dois. Com relação ao tema, a minha opinião é que é sempre racional, o que não elimina o lado emocional. Razão e emoção podem sim caminhar juntas. E não é porque não entendemos como o processo ocorre que ele não é racional. É racional porque Deus é um Deus organizado, que age de forma lógica, estruturada e não aleatoriamente. A conversa fez lembrar-me do milagre relatado em João 2:7-9: “Jesus disse aos empregados: - Encham de água estes potes. E eles os encheram até a boca. Em seguida Jesus mandou: - Agora tirem um pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa. E eles levaram. Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam.” Jesus transformou a água em vinho!
No site da Nestlé existe uma página sobre vinhos. O endereço é http://www.nestle.pt/bemestar/presentation/nutricao/Alimentos.aspx?id=210 para quem quiser conferir. Eu peguei a tabela de composição nutricional a seguir nesse site.

A explicação que darei a seguir não é necessariamente verdadeira, visto que experimentos deveriam ser feitos. É apenas uma tese minha, reflete apenas a minha opinião a respeito do assunto. A molécula da água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Na composição nutricional do vinho, observa-se que ele tem também proteínas, hidratos de carbono e álcool. Ou seja, é bastante necessário que existam átomos de carbono e também alguns de nitrogênio, para a formação desses outros nutrientes.
A bíblia relata que a água se transformou em vinho e apenas isso. Mas com certeza houve também mudanças moleculares ali. Eu pensei um pouco a respeito do assunto e levantei uma possibilidade do que pode ter ocorrido. Antes disso, irei apenas apresentar uns conceitos para a compreensão do que eu penso.
Um elemento químico é determinado pela quantidade de prótons que há em seu núcleo. Mas a massa total do átomo é a soma da quantidade de prótons e nêutrons. Pegando por exemplo o hidrogênio, ele possui apenas um próton em seu núcleo. Mas na natureza se apresenta em três diferentes “formas” (chamadas de isótopos estáveis): o prótio (apenas um próton), o deutério (um próton e um nêutron) e o trítio (um próton e dois nêutrons no núcleo). Assim, as massas atômicas são respectivamente um, dois e três. E esses diferentes isótopos se apresentam em concentrações constantes na natureza. O carbono possui 6 prótons e 6 nêutrons (esse é o isótopo mais abundante), o nitrogênio possui sete prótons e sete nêutrons
(isótopo mais abundante) e o oxigênio, oito prótons e oito nêutrons (isótopo mais abundante).Assim, se naquelas moléculas de água, parte delas tivesse o núcleo de oxigênio partido, liberando um deutério para o meio, o átomo de oxigênio se transformaria num átomo de nitrogênio. Se liberasse dois deutérios, se tornaria um átomo de carbono. E assim os açucares, alcoóis e proteínas do vinho poderiam ser formadas. Como o núcleo de oxigênio se partiria? Eu não sei. Mas é uma possível explicação geral sobre o que deve ter ocorrido. Se tivéssemos uma amostra daquele vinho, e o levássemos a um espectrômetro de massas, poderíamos verificar a abundancia de deutério na amostra. Se estivesse aumentada comparando a quantidade de deutério na natureza, poderia ser que a minha teoria estivesse certa.
Mas não é isso o que importa agora. O que importa é perceber que com certeza Deus age com lógica. Mesmo quando não entendemos completamente os processos. Não é porque foi um milagre que foi algo mágico. Milagre não é mágica: é quando processos naturais ocorrem de forma não normal, induzidas pelo poder de Deus. Um outro exemplo seria quando Jesus curou um paralítico. Com certeza houve uma mudança fisiológica naquele homem. Tecidos conjuntivo, muscular e nervoso certamente foram induzidos a crescer. Talvez, milhares de células tronco foram estimuladas a originar ou regenerar os tecidos lesados. Isso não foi relatado, mas certamente alguma coisa aconteceu.
Nosso Deus é racional em tudo que faz. A nossa razão limitada nos faz achar que é loucura, impossível ou irracional. Mas irracional mesmo é conseguir olhar para a Criação e não conseguir enxergar o poder de Deus refletido em cada processo bioquímico, na luz que chega a terra, na concentração de O2 atmosférico. Irracional é se esquecer do Criador.
Edgard
 MacFraggin'

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Pedrada Primordial

Quando eu era criança, fui várias vezes ao Maranhão. Ali no interior do estado, era bem comum as crianças brincarem com estilingues (lá eles chamam de “baladeira”). Na vez que fui lá com cerca de 11 anos, meu tio-avô deu um estilingue para mim e outro para meu irmão. Junto com os primos distribuímos umas pedradas bem sapecas por aí, e bom, não me orgulho muito delas.
Acho interessante essa questão das pedradas na Bíblia. Davi atordoou severamente o gigante Golias com uma pedrada bem certeira. Depois disso, com a espada do próprio gigante, o decapitou. E pedradas também eram o método de execução ali no povo judeu, acho que principalmente em certos casos/pecados.
Talvez a vez mais lembrada no Novo Testamento foi a que Jesus disse em Lucas 8:7: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” Na ocasião, uma mulher que fora encontrada no ato adúltero iria ser executada pelos fariseus e pelo povo. Mas eles queriam testar Jesus, pra saber o que ele faria. E ele fez o que Deus fez com relação a toda humanidade.
Parando para analisar, Jesus podia, depois de ter dito a famosa frase, pegar uma pedra e dar uma pedrada bem certeira na mulher. Ele nunca pecou! Ele tinha o direito, de acordo com o que ele mesmo disse, de “atirar a primeira pedra”. A “Pedrada Primordial”. Mas ele não o fez. No versículo 11 do mesmo capítulo ele diz: “Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” Ele a perdoou, mas a alertou que não mais insistisse no mesmo erro.
Com relação à humanidade, Deus poderia muito bem destruí-la completamente. Ele poderia dar uma pedrada mortal nessa, acabando assim de uma vez por todas com o pecado. Mas ele não criou os seres humanos para esse fim. Ele nos criou para que O glorificássemos. Então, ele entregou o Seu próprio filho para ser “apedrejado” por nós, para que assim o preço do pecado fosse pago. E Jesus ressuscitou ao terceiro dia, provando assim que é Deus.
Não continue na vida de pecado, em direção a morte. E essa morte não é a morte física, e sim a morte espiritual. Entregue hoje sua vida a Jesus. O aceite como senhor e salvador. Ele se entregou à morte por todos nós. Aqueles que o aceitarem glorificarão a Deus e escaparão da Pedrada Primordial. Os que O rejeitarem, enfrentarão por escolha própria a Pedrada Primordial. E essa pedrada vai destruir o corpo, a alma e o espírito dos que se rebelaram contra Deus. E eles habitarão num lugar que há “choro e ranger de dentes” eternamente.
Edgard
 MacFraggin'