sábado, 16 de junho de 2012

Haemonchus contortus e Hypsibius dujardini

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Wormandwaterbear.jpg
Alguém já ouviu falar do superfilo ecdysozoa? É um superfilo interessante que contém diversos e bastante variados animais. No link supracitado há diversas informações básicas a respeito desse vasto grupo. Assim sendo, não irei me ater à explicações longas das peculiaridades ou generalidades do grupo. Quero me abordar apenas duas espécies: Hypsibius dujardini Haemonchus contortus. Ter lido o artigo "A Origem dos parasitos", do Dr. Ariel Roth, publicado no número 22, páginas 33 a 43, da Folha Criacionista me fez pensar e repensar diversos conceitos.


O H. dujardini é um animal muito interessante. Basa uma pequena busca no Google sobre ele e verás o quão fantástico é esse pequeno animal que vive nos musgos. É extremamente resistente às adversidades do meio ambiente. Por exemplo, é capaz de resistir à uma exposição de 2700 Gr de radiação, enquanto um humano suporta apenas 100 Gr. Cientistas deixaram alguns deles expostos à radiação cósmica e ao vácuo espacial e eles ainda foram capazes de se reproduzir. Temperaturas próximas ao zero absoluto não fazem cócegas nele. Mergulhos em água à 200 graus centígrados por algum tempo nem o arranham. Alguns cientistas colocam que em questão de resistência, é o animal mais resistente. Em longevidade, por ultrapassar 120 anos de idade. Isso chega a parecer um absurdo, mas é verdade. Esse animal foi projetado para ser incrivelmente resistente às mais absurdas situações extremas e lesivas.

Já o H. contortus é um verme totalmente diferente. Possui uma fase de vida livre e outra de vida em um hospedeiro, ovino ou caprino. Esse parasita é o objeto de estudo do meu curso de mestrado. Durante a fase de vida livre, esse verme não possui muita resistência às dificuldades do ambiente. Basta pequenas variações na temperatura para desestabilizar e fazer que morram as larvas. Comparando a estrutura desses dois animais, observa-se que o  H. dujardini é bastante complexo. Possui oito pernas no total, e na ponta de cada uma delas garras. Possui um planejamento incrível. Já o H. contortus apresenta estruturas muito mais simples, similares às de uma minhoca. Na fase de vida livre ainda possui uma cauda, que logo é perdida quando do início da fase dentro do hospedeiro. E o que isso pode nos ensinar? 
Bom, antes disso, falemos de informação genética. Imaginem um jogo de cartas. Cada carta é uma informação em si. Assim, pode-se embaralhar as cartas da forma como quiser, mas não se pode acrescentar cartas de "lugar nenhum", do ambiente externo, ou de qualquer outro lugar, pois é ilógico. Entretanto, pode-se perder algumas cartas, ou seja, pode-se perder informação, mas nunca ganhar. De modo semelhante, assim ocorre com a informação genética: ela pode ser embaralhada e até mesmo perdida (via mutações, que são extremamente deletérias), mas não pode simplesmente surgir, ou seja, como que ela irá brotar para aumentar a complexidade ou acrescentar nova informação? Isso é filosoficamente um equivoco sem tamanho. Nesse caso, seria um verdadeiro milagre, e o objetivo desse texto não é abordar milagres religiosos, e sim aspectos científicos.
Vale ressaltar também a questão de mudança de espécie. A EMBRAPA, por exemplo, conseguiu desenvolver cultivares de uva que não possuem sementes. Por não possuir sementes, o fruto, a planta, deixou de ser uva? Não. Não houve mudança de espécie pela supressão ou perda da informação genética para produção de sementes. Dessa forma, pode ser que inicialmente quando foi projetado, o H. contortus não era um parasita, mas sim um comensalista. Ao invés de causar dano ao hospedeiro, eles se ajudavam mutualmente. Mas, por perder informação genética, ele foi se tornando mais simples e mudando características a respeito da sua própria fisiologia, passando assim a causar dano aos animais. Isso é bastante plausível, visto que esse parasita habita o estomago químico desses animais, tendo assim uma cutícula própria e irredutivelmente complexa para suportar a acidez estomacal específica de ovinos e caprinos. E semelhantemente ao exemplo da uva, não houve mudança de espécie, não houve "evolução"; muito pelo contrário, corrobora grandemente para o Design Inteligente. 
Assim, um parasita, por ter acesso ao alimento de forma mais fácil, teria um gasto enérgico excessivo caso desenvolvesse estruturas demasiadamente complexas de locomoção, por exemplo, visto que ele não precisa se locomover muito para ter acesso ao alimento. Da mesma forma, um verme de vida livre tem que ter estruturas mais complexas para se locomover, etc. Assim, é plausível que o H. contortus tenha perdido informação genética no tempo, enquanto o H. dujardini a manteve. 

Edgard MacFraggin'

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Árvore Filofenotípica

Ah, se eu pego o Lineu, ele ia ver só... poxa, coitado do cara. Creio que não foi essa a intenção dele. Ele queria apenas classificar os seres vivos. E ele se baseou em genética? Não. Ele se baseou em características fenotípicas, de reprodução, etc. Mas o Lineu não tinha também toda a genética que temos atualmente disponível. 

Zebróide
Assim, baseando-se em genética, muito provavelmente Lineu "desceu muito" na classificação. Talvez, espécie não queira dizer o que temos hoje, e sim, o Gênero. Ou talvez até mais em cima, Família, geneticamente falando. Sabe-se de casos de reproduções entre "espécies" diferentes, como no caso da mula, do coydog (cruzamento de macho coiote com fêmea de cão doméstico), dos "zebroids" (cruzamento de cavalos com zebras), etc. Assim, esses animais são geneticamente muito próximos, embora tenham sido classificados como espécies distintas. A classificação de Lineu não tem nenhum valor biológico em si mesma: por exemplo, se classificar um cachorro como uma planta, ele continuará sendo um cachorro. Assim, não é por causa dessa classificação que os seres vivos deixaram de ter proximidade genética com outros fenotipicamente diferentes. E sabe-se hoje que algumas espécies classificadas num mesmo gênero são geneticamente muito diferentes e que espécies aparentemente "distantes" taxonomicamente, geneticamente são muito próximas. 
Coydog
Assim sendo, como falar em Origem das Espécies? É muito mais plausível falar-se em um Projeto inicial de Famílias (segundo a classificação de Lineu): o projetista fez canídeos, felídeos, rosaceas, etc... Não houve evolução. Porque até mesmo o conceito de espécie é classificatório: não necessariamente reflete a realidade.  

Edgard MacFraggin'

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Taxonomia de MacFraggin'


Bom, MacFraggin', um estudioso e admirador da vida, nascido no século passado, criou um sistema de classificação taxonômica única: separou as espécies através de grupos de cores. Assim, no grupo "Verde" estão contidas a maior parte das plantas, assim como diversos fungos e tantos animais, como alguns besouros, louva-a-deus, sapos, rãs, periquitos, papagaios, serpentes, lagartos, testudines, crocodilos, entre outros. No grupo "Roxo", estão peixes, algumas algas, corais, crustáceos, moluscos, etc. E assim foi a classificação para cada cor existente. Vale relembrar que a classificação não alterou em nada as características fisiológicas de nenhuma das espécies: cada uma delas continuou como fora projetada para ser. 

Muito prazer, o sr. MacFraggin' sou eu. Viu? Qualquer um pode criar uma classificação taxonômica. Isso não altera nenhuma espécie, é apenas uma ferramenta didática e de pesquisa, que auxilia em muita coisa, mas é apenas ferramenta. O mais usado até hoje no meio científico é a Classificação de Lineu, do século XVIII. Mas ela não foi a única: Aristóteles classificou os animais em "sem sangue vermelho" e em "com sangue vermelho" (século III a.C.), John Ray no século XVII apresenta o conceito de "espécie", entre outros. Abaixo, na figura, pode-se observar como isso tem variado até hoje!!

Desenvolvimento da Taxonomia de 1735 a 1990.
Assim, observa-se que a taxonomia é uma ciência bastante mutável e nada rígida. Por exemplo, não podemos desvalorizar Aristóteles pela taxonomia que ele desenvolveu: caso desvalorizemos-o, estaremos olhando o século III a.C. com os olhos de agora. E isso é de uma ignorância histórica absurda.

Existe ainda uma outra classificação taxonômica ainda mais antiga, que a chamarei didaticamente de Taxonomia Mosaica. Ela foi descrita por volta dos anos 1391 a.C. - 1271 a.C (Wikipedia) por Moisés, pois foi o tempo de vida dele. Nele, Moisés descreve atos que hoje, cientificamente falando, está errado. Mas o relato Mosaico não tem compromisso com a Ciência Moderna, visto que Galileu, pai desta, veio a existir milhares de anos depois de Moisés. Por exemplo, Moisés relata que coelhos "ruminam" e que "morcegos" são aves. Leia o trecho abaixo: 

"Dentre os animais, todo o que tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, e rumina, deles comereis. Destes, porém, não comereis; dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas; o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; esse vos será imundo; E o coelho, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; esse vos será imundo; E a lebre, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; essa vos será imunda. Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não rumina; este vos será imundo. Das suas carnes não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; estes vos serão imundos. De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis. Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação. Ser-vos-ão, pois, por abominação; da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver. Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação. Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango, E o milhano, e o abutre segundo a sua espécie. Todo o corvo segundo a sua espécie, E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião segundo a sua espécie. E o bufo, e o corvo marinho, e a coruja, E a gralha, e o cisne, e o pelicano, E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.
Levítico 11:3-19

A classificação mosaica em nada mudou a fisiologia das espécies descritas. E também serviu didaticamente para a população daquela época. Assim, julgar a classificação mosaica com os olhos científicos de hoje é pura demonstração de falta de conhecimento histórico. É apenas ser realmente cruel e enganar os menos entendidos a troco de nada. É ser, em última análise, extremamente preconceituoso ou teismofóbico. 

Edgard MacFraggin'

quinta-feira, 7 de junho de 2012

As Tartarugas Ninjas e o Evangelho

Destruidor 
"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." João 10:10



Desde muito pequeno, meu desenho favorito foram as Tartarugas Ninjas. Até hoje, como um bom nerd mantenedor de tradições, ainda gosto bastante. Os jogos são excelentes, principalmente o "Turtles in Time", do SNES. Assisti todos os quatro filmes, e os acho muito bons. No último, lançado no Brasil no dia 13 de Maio de 2007, eu fiquei muito triste porque o horário do site do cinema estava errado, e quando fui pra lá esperando pela última sessão, esta tinha sido horas antes. Fui forçado a assistir dois dias depois, no dia 15 de Maio...

Bom, nerdisses a parte, quero compartilhar essas palavras de Jesus de João 10:10, comparando com a atualidade. O diabo (ladrão) veio para roubar, matar e destruir. O inimigo das Tartarugas Ninjas mais clássico é justo o Destruidor (acho que foi a tradução, talvez o mais correto fosse "Retalhador" - como publicado nos primeiros quadrinhos aqui do Brasil). E para mim esse nome se encaixa perfeitamente com o personagem e para a comparação que estou fazendo. 

O olhem como que o universo TMNT (Teenage Mutant Ninja Turtles) se parece com o cristão: são quatro tartarugas bem treinadas lutando a maioria das vezes sozinhas contra todo o exército comandado pelo Destruidor, o Clã do Pé (Foot Clan)! Muitos cristãos têm lutado praticamente sozinhos contra esse mundo cruel, não se conformando com esse século (segundo Romanos 12:2), enquanto muitos outros, tão capacitados quanto estão calados, inertes, sob a desculpa de "não vou falar nada porque senão vai atrapalhar a pregação do evangelho". Tenho lidado muito com ateus no meio acadêmico. E os poucos cristãos que estão ali muitos estão calados. Prestem atenção: se vocês falarem sobre a Verdade, os ateus não terão repulsa ao Evangelho, sabem porque? Porque eles já têm completa repulsa à Deus, à Fé cristã, aos padrões morais, etc. Então, se vocês também abrirem a boca, talvez algo acontecerá, e algo de positivo. Levantem!! Se preparem!! Nosso Deus está às portas!! A hora da Batalha Final se aproxima!! 

Em cima, da esquerda pra direita: Leonardo e Raphael
Embaixo, da esquerda pra direita: Michealangelo e Donatello
Nós somos como as TMNT: somos poucos, mas faremos a diferença. Lutaremos pela Força que Nosso Deus nos deu contra o Destruidor das nossas almas. 

Cowabunga, dudes! 

Edgard MacFraggin'