domingo, 28 de novembro de 2010

A Lã das Ovelhas


Muitas e muitas vezes vi ovelhas muito bonitas, simpáticas e até mesmo carismáticas. Ovelhas lanadas, de uma camada de bem lã espessa. Algumas vezes era possível até mesmo “afundar” a mão nessa lã, e sentir a pele quentinha e protegida ali em baixo.

Mas seguindo pelo velho ditado de “quem vê cara não vê coração”, essa lã podia às vezes ser na verdade mais um problema do que algo bom. Quantas vezes eu vi ovelhas aparentemente “gordinhas”, bem nutridas e saudáveis, mas que na verdade estavam caquéticas, esqueléticas e desnutridas... Algumas vezes, em estado deplorável. Muitas feridas ficaram escondidas por dias, piorando cada vez mais, se enchendo de larvas de miiase, apodrecendo e aumentando a contaminação, apenas porque estavam em baixo da lã... Mas, à distância e por causa da lã, as ovelhas pareciam estar “muito bem, obrigado”.
E nesse ponto o que me chama a atenção é a pergunta: o que é mais importante? A ovelha que mantém a lã em seu corpo, ou lã da ovelha? Pergunta idiota, eu sei. Obviamente, é a ovelha, pois sem ovelha, sem lã. E mesmo uma ovelha tosqueada, continua ovelha. Continua sendo quem ela é, e talvez até mais fácil para o pessoal que cuida dela perceber os problemas que ela pode estar passando. Mas poxa, nada contra ovelhas com lã, não mesmo. Elas são lindas. Mas exigem mais cuidado com o manejo.
Um dia, o Supremo Pastor das Ovelhas do Eterno disse o seguinte a respeito dos fariseus: “Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro? E aquele que jurar pelo altar isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta? Portanto, o que jurar pelo altar, jura por ele e por tudo o que sobre ele está; E, o que jurar pelo templo, jura por ele e por aquele que nele habita; E, o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado nele.” (Mateus 23:16-22). Ele tinha toda razão. Ele sabia exatamente sobre o que estava falando. Era necessá
rio. E ainda é necessário. O capítulo 23 do livro de Mateus é um texto muito interessante e profundo. Um texto de reflexão pessoal diária. E antes de prosseguir, quero deixar bem claro que sou como os fariseus da época de Jesus. Na maioria das vezes, ajo da mesma forma. E devo lutar contra isso. Assim como todos os que são cristãos.
E agora chego ao ponto onde queria chegar. O farisaísmo. Muitos de nós somos fariseus. E eu me incluo nesse grupo. E sei que não é o correto. Quantos aqui já viram “metaleiros cristãos”? Para muitos, não se pode ser metaleiro e cristão simultaneamente. Como se uma coisa anulasse a outra. E nesses “muitos” estão juntos e de mãos dadas “cristãos tradicionais” e “metaleiros do mal”. Dizendo a mesma coisa. Pensando exatamente da mesma forma. E, creio eu, ambos errados.
Deus nos fez verdadeiramente livres. Somos livres. Ponto final. Podemos escutar Heavy Metal, fazer tatuagens e usar correntes, brincos e piercings. Podemos andar vestidos todo de preto e usar coturnos. Podemos escutar músicas fantásticas, de bandas usadas por Ele, para em primeiro lugar louvá-Lo e também para o alcance de outros. E para revolta dos “muitos” novamente, o Rock n’Roll em si, embora pareça absurdo, tem raízes cristãs. Sim, vocês leram exatamente isso. Vamos fazer uma breve revisão histórica sobre o nosso estilo preferido: surgiu “oficialmente” na década de 50, sendo uma explosão em Memphis, Tennessee, EUA. Teve nomes consagrados como Elvis Presley e Johnny Cash, entre tantos outros daquela mesma época. Mas a “nova” música que esses brancos estavam cantando, não tinha nada de nova em si mesmo, apenas o fato de que brancos estavam cantando. Apenas isso. Originalmente, era música negra. Os negros com muito habilidade entoavam o bom e velho Rock n’Roll de um jeito fantástico. Mas naquela época, se chamava Rhythm and Blues. E essa era o estilo de música tocada nas igrejas protestantes americanas, onde os negros congregavam (essa separação entre igrejas para negros e igrejas para brancos é algo horrível. Somos iguais. E centenas de vezes, o negros foram melhores, mais amáveis e carinhos e educados que os brancos). Elvis mesmo era cristão assumido. O chamado “Rei do Rock” era cristão e gravou muitas músicas cristãs, além de apresentá-las em seus shows, podem conferir. Johnny Cash, Ray Charles, Little Richard e Fats Domino também gravaram músicas cristãs. Por causa da origem do estilo, provavelmente. Não sei se eles eram realmente cristãos, mas de forma alguma descarto essa possibilidade. Mas considerando que eles não eram cristãos, porque será que mesmo assim gravaram essas canções cristãs? Penso eu que por conta da origem do Rock n’Roll.
Aí depois me aparece um cara cabeludo inglês, de óculos redondos e usuário confesso de LSD falando que a banda dele seria mais famosa que Jesus. E que “devíamos servir a nós mesmos” (em música criticando a conversão de Bob Dylan ao cristianismo). Sim, o Rock na verdade se desviou de sua origem. Mordam os lábios e cuspam fogo “cristãos tradicionais” e “metaleiros do mal”. O Rock tem origem cristã! Isso é fato histórico e irrefutável. Portanto, ser um “metaleiro cristão” é totalmente plausível. Talvez mais plausível do que não ser.
E começa o problema do farisaísmo metaleiro. Cristãos metaleiros não são reconhecidos como cristãos “à primeira vista”. Talvez nem na segunda e nem na terceira. E quando nos declaramos cristãos, as pessoas se assustam e talvez dentro delas se questionem se isso é possível. Mas as coisas estão mudando, os metaleiros cristãos estão aumentando em número e sendo até mesmo rostos conhecidos em igrejas tradicionais. E temos muita “lã” metaleira. Ah, sim, e como gostamos dela! Usamos roupas pretas, camisas de banda, coturnos, correntes, brincos e tatuagens. Para completar, colocamos a bíblia em baixo do braço e vamos pra igreja, bem trajados. E no fundo no fundo, gostamos disso. Gostamos de ser metaleiros cristãos. Somos revolucionários. Nós temos cabelos compridos e barba maior do que o todo mundo dentro da igreja e de várias outras pessoas na sociedade. E não tem nada de mais em ser assim, porque eu sou assim também. E Deus nos ama do jeito como somos.
Mas que adianta cuidar da lã apenas? Cuidar de ser metaleiro? Ficar girando em torno disso, sem glorificar a Deus pela forma de sermos? Não adianta nada! Somos fariseus, muitas e muitas vezes. Às vezes, “igrejas underground” surgem. Acho muito legal, desde que elas preguem a mensagem da Salvação. Não adianta ter no louvor um cara cantando gutural se depois não tem mensagem. Ou se a mensagem ficar girando sempre em torno do tema “metal”, “somos metaleiros, sofremos preconceito” ou qualquer coisa do gênero. Isso é ser, como o Supremo Pastor disse em Mateus 23:27, “sepulturas bonitas”. Sepulturas adornadas no exterior, lindas, por fora... Mas por dentro, apenas um corpo morto, em estado avançado de decomposição. Não adianta nada ser da forma como somos e não pregar o evangelho para alguém. Não adianta se vestir de adornos metalescos e dizer por aí que é cristão e não ser realmente diferente dos outros. Fazer igual o que todos fazem: xingar bastante, beber até cair, mentir e ser desonesto. Isso não é ser cristão. Não mesmo. E provavelmente porque não agimos – de acordo com a concepção do grupo “muitos” – nem como cristãos reais (porque cristãos “não podem ser metaleiros”, porque “todo metaleiro bebe, xinga e desobedece aos pais”) e nem como metaleiros reais (metaleiros tem que “gostar” do diabo, escutar 666 the number of the beast do Iron Maiden e usar adornos anticristãos) sofremos preconceito dos dois lados. Na igreja e no meio underground. Nessa, devemos ser exemplares, devemos fazer o nosso serviço cristão, participar dos cultos e eventos, sermos servos dos demais, da mesma forma que o Supremo Pastor foi. Neste, devemos escutar metal junto com eles, ir em shows e se vestir de preto, mas sempre se lembrando a quem nós servimos, e espalhando a mensagem do Amor de Cristo.
Caso contrário, seremos apenas ovelhas peludas. Ovelhas cheias de lã e sem conteúdo por dentro. Ovelhas que quando tosadas pelo pastor apresentarão apenas magreza extrema, feridas infeccionadas e outros tantos problemas que poderiam ter sido evitados, se tivéssemos escutado a doce voz do Bom Pastor, sim, aquele lá do Salmo 23.
Edgard MacFraggin'

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Darwin estava certo!!

Foram encontradas provas reais do evolucionismo. Fatos palpáveis. Evolução na frente dos próprios olhos. Sim, sim. Eu mesmo vi e revi a cena várias vezes. Não podia acreditar no que estava diante de mim. Como isso é possível?? Darwin tinha razão! Como eu fui cego! Tanto tempo se passou... e só conheci isso agora!
O fato foi apresentado ao mundo por Satoshi Tajiri, em Fevereiro de 1996, no Japão. Após cerca de cinco anos desenvolvendo seu trabalho, com o apoio da Game Freak e da própria Nintendo, ele pode mostrar que Darwin estava certo. No segundo mês do ano de 1996, foram lançadas as duas primeiras versões de Pokémon para GameBoy: Red and Green versions!
Bom, você deve estar se perguntando o que tem a ver Darwin e Pokémons, certo? Pessoalmente, eu gosto muito dos jogos da série. Jogo Pokémon desde Setembro de 2000, sem parar até hoje. Comecei com a Yellow Version, depois Silver, Emerald/Firered, Diamond/Soul Silver e não vejo a hora de por minhas mãos na Black Version (infelizmente, ainda não chegou nas Américas...). No ano 2000, quando Pokémon fazia muito sucesso no Brasil, meus amigos e eu sabíamos os nomes de todos os então 151 pokémons. Podíamos até mesmo falar na ordem numérica. Poxa, éramos experts em Pokémon.
E como talvez um conhecedor do mundo Pokémon, posso afirmar que os monstrinhos de bolso e Darwin têm tudo a ver! Quando o jogo foi lançado, muito provavelmente Darwin, onde quer que ele esteja, deve ter dado um sorriso de satisfação. Todo o seu trabalho fora confirmado! Os pokémons evoluem! É quase inacreditável! Pikachus evoluem para Raichus... Abra passa pelo estágio Kadabra para chegar a Alakazam! Bulbasaur, Ivysaur e Venusaur. E tantos outros exemplos. Cada versão nova, cada Pokémon novo descoberto... tantas novas evoluções... nunca me esquecerei do dia em que meu Eevee evoluiu para Jolteon! Eu vi!


Se você acredita em evolução, deve estar me xingando agora. Mas não pare de ler esse artigo agora. Você já chegou até aqui... continue, hã? Geralmente, evolucionistas são xiitas pouco abertos ao dialogo. Eles dizem que os Teístas são “fechados a novas idéias”, “ultrapassados” e “radicais”. Mas, poxa, analisando bem, os evolucionistas o são também. Quantas e quantas vezes escutamos sobre o evolucionismo. Quantas e quantas vezes isso foi repassado na escola e na faculdade. Até mesmo em rodas de amigos. E, embora acredite que evolução acontece (apenas no Pokémon), sempre os Teístas têm que escutar essa teoria ser aplicada a vida real, porque que eu saiba, Pokémon é apenas um jogo e um desenho. Os Teístas quase sempre são polidos o suficiente para escutar até o final. E aí, quando é a vez de os Teístas abrirem a boca, geralmente ninguém os escuta, falam que não querem saber da opinião deles, que eles acreditam em mentiras e por aí vai. Os que seguem a Religião Evolucionista, cujo messias foi Darwin, provavelmente são xiitas não abertos para a discussão ampla do tema. Querem que apenas o Evolucionismo seja ensinado nas escolas, sendo que existem outras teorias com o mesmo valor no meio cientifico. Mas realmente poucos sabem sobre o Design Inteligente, proposto por Phillip E. Johnson. Escutamos no meio acadêmico que sala de aula não é Igreja, não é lugar de se falar em Deus. A Religião Evolucionista têm adeptos fervorosos, prontos pra sair no dente mesmo, contra aqueles que se levantam para “blasfemar” contra ela. Muitas vezes são piores que os terroristas extremistas do Islã. Estes levam embora muitas vidas. Esses explodiram nossas mentes. Disseram que o Conhecimento em si nos libertaria. Apenas desculpas e máscaras para que os mais baixos atos totalmente sem moral sejam realizados. Porque, obviamente, se Deus não existe, porque eu devo ter apenas uma esposa e ser a ela fiel? Se Deus não existe, porque eu não posso abortar, assassinar, mentir? Se Deus não existe, não existe nenhum padrão moral. Mas se Deus existe (e Ele existe, visto que não somos pokémons), um padrão moral e imutável existe. Um padrão que norteia o nosso comportamento de certo e errado.
Obviamente, existem evolucionistas mais exemplares com relação à moral do que muitos cristãos que eu conheço. Certamente, mais exemplares do que eu mesmo. Mas quantas vezes eu já ouvi a seguintes teoria (de pessoas bastante avançadas na carreira acadêmica): “Deus não existe, nós evoluímos mesmo. Posso dormir com quem eu quiser!” Pode parecer absurdo, ou uma frase clichê... mas eu já escutei isso, dessa exata maneira. Para muitos, o evolucionismo é apenas um meio para aliviar a culpa de tantos atos que ferem a Moral. E para ser sincero, os males vindos de se pensar que espécies evoluem como pokémons, são os menores. Os maiores problemas provem de se pensar assim. Porque quando se pensa assim, se descarta o fato de que Deus existe. E aí então vale tudo. Da cintura pra baixo, mesmo.
Larry Norman, em uma de suas maravilhosas canções (The Great American Novel) diz que “Nosso dinheiro [dólar] diz que acreditamos em Deus, mas é contra a Lei orar nas escolas”. De forma semelhante, o nosso dinheiro diz “Deus seja louvado”, mas é proibido falar sobre Design Inteligente nas universidades. Uma vergonha. Teremos toda um Geração de pessoas que só pensam de uma forma? Uma Geração de extremistas xiitas se matando pelo Darwinismo?? O sr Satoshi talvez ficaria orgulhoso. O Senhor dos Céus e da Terra não.
Edgard MacFraggin'