segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Taxonomia de MacFraggin'


Bom, MacFraggin', um estudioso e admirador da vida, nascido no século passado, criou um sistema de classificação taxonômica única: separou as espécies através de grupos de cores. Assim, no grupo "Verde" estão contidas a maior parte das plantas, assim como diversos fungos e tantos animais, como alguns besouros, louva-a-deus, sapos, rãs, periquitos, papagaios, serpentes, lagartos, testudines, crocodilos, entre outros. No grupo "Roxo", estão peixes, algumas algas, corais, crustáceos, moluscos, etc. E assim foi a classificação para cada cor existente. Vale relembrar que a classificação não alterou em nada as características fisiológicas de nenhuma das espécies: cada uma delas continuou como fora projetada para ser. 

Muito prazer, o sr. MacFraggin' sou eu. Viu? Qualquer um pode criar uma classificação taxonômica. Isso não altera nenhuma espécie, é apenas uma ferramenta didática e de pesquisa, que auxilia em muita coisa, mas é apenas ferramenta. O mais usado até hoje no meio científico é a Classificação de Lineu, do século XVIII. Mas ela não foi a única: Aristóteles classificou os animais em "sem sangue vermelho" e em "com sangue vermelho" (século III a.C.), John Ray no século XVII apresenta o conceito de "espécie", entre outros. Abaixo, na figura, pode-se observar como isso tem variado até hoje!!

Desenvolvimento da Taxonomia de 1735 a 1990.
Assim, observa-se que a taxonomia é uma ciência bastante mutável e nada rígida. Por exemplo, não podemos desvalorizar Aristóteles pela taxonomia que ele desenvolveu: caso desvalorizemos-o, estaremos olhando o século III a.C. com os olhos de agora. E isso é de uma ignorância histórica absurda.

Existe ainda uma outra classificação taxonômica ainda mais antiga, que a chamarei didaticamente de Taxonomia Mosaica. Ela foi descrita por volta dos anos 1391 a.C. - 1271 a.C (Wikipedia) por Moisés, pois foi o tempo de vida dele. Nele, Moisés descreve atos que hoje, cientificamente falando, está errado. Mas o relato Mosaico não tem compromisso com a Ciência Moderna, visto que Galileu, pai desta, veio a existir milhares de anos depois de Moisés. Por exemplo, Moisés relata que coelhos "ruminam" e que "morcegos" são aves. Leia o trecho abaixo: 

"Dentre os animais, todo o que tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, e rumina, deles comereis. Destes, porém, não comereis; dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas; o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; esse vos será imundo; E o coelho, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; esse vos será imundo; E a lebre, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; essa vos será imunda. Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não rumina; este vos será imundo. Das suas carnes não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; estes vos serão imundos. De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis. Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação. Ser-vos-ão, pois, por abominação; da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver. Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação. Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango, E o milhano, e o abutre segundo a sua espécie. Todo o corvo segundo a sua espécie, E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião segundo a sua espécie. E o bufo, e o corvo marinho, e a coruja, E a gralha, e o cisne, e o pelicano, E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.
Levítico 11:3-19

A classificação mosaica em nada mudou a fisiologia das espécies descritas. E também serviu didaticamente para a população daquela época. Assim, julgar a classificação mosaica com os olhos científicos de hoje é pura demonstração de falta de conhecimento histórico. É apenas ser realmente cruel e enganar os menos entendidos a troco de nada. É ser, em última análise, extremamente preconceituoso ou teismofóbico. 

Edgard MacFraggin'

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