quarta-feira, 13 de junho de 2012

Árvore Filofenotípica

Ah, se eu pego o Lineu, ele ia ver só... poxa, coitado do cara. Creio que não foi essa a intenção dele. Ele queria apenas classificar os seres vivos. E ele se baseou em genética? Não. Ele se baseou em características fenotípicas, de reprodução, etc. Mas o Lineu não tinha também toda a genética que temos atualmente disponível. 

Zebróide
Assim, baseando-se em genética, muito provavelmente Lineu "desceu muito" na classificação. Talvez, espécie não queira dizer o que temos hoje, e sim, o Gênero. Ou talvez até mais em cima, Família, geneticamente falando. Sabe-se de casos de reproduções entre "espécies" diferentes, como no caso da mula, do coydog (cruzamento de macho coiote com fêmea de cão doméstico), dos "zebroids" (cruzamento de cavalos com zebras), etc. Assim, esses animais são geneticamente muito próximos, embora tenham sido classificados como espécies distintas. A classificação de Lineu não tem nenhum valor biológico em si mesma: por exemplo, se classificar um cachorro como uma planta, ele continuará sendo um cachorro. Assim, não é por causa dessa classificação que os seres vivos deixaram de ter proximidade genética com outros fenotipicamente diferentes. E sabe-se hoje que algumas espécies classificadas num mesmo gênero são geneticamente muito diferentes e que espécies aparentemente "distantes" taxonomicamente, geneticamente são muito próximas. 
Coydog
Assim sendo, como falar em Origem das Espécies? É muito mais plausível falar-se em um Projeto inicial de Famílias (segundo a classificação de Lineu): o projetista fez canídeos, felídeos, rosaceas, etc... Não houve evolução. Porque até mesmo o conceito de espécie é classificatório: não necessariamente reflete a realidade.  

Edgard MacFraggin'

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