Semana passada recebi uma edição do Jornal “Kairós” (jornal mensal da renavação Carismática Católica – Diocese de Piracicaba. Ano 2, número 21, Julho de 2011). Um jornal muito interessante. Há uma matéria no final dele sobre o Arrebatamento – um tema extremamente atual e interessante, em minha opinião. Na página 6 desse jornal há a matéria “Dogmas da Igreja Católica – Dogmas sobre o Papa e a Igreja”. Infelizmente, percebi alguns pontos não-bíblicos nesse texto. Antes de continuar, quero deixar bem claro que a opinião expressa nesse texto é completamente minha e não é pessoal contra a Igreja Católica ou quem escreveu esse texto – eu nem o(a) conheço. E que não necessariamente expressa a opinião da minha denominação e dos meus pastores. E não venham me falar que estou criticando gratuitamente o catolicismo porque sou protestante: podem ver nos arquivos do blog que eu já critiquei – e muito – o protestantismo.
Bom, vou transcrever uns trechos da matéria (em amarelo). Quando dada alguma ênfase, esta foi dada por minha pessoa.
“Cristo constituiu o apóstolo São Pedro como PRIMEIRO e entre os apóstolos e como cabeça visível de toda a Igreja.”
Em Mateus 20:20-27, Jesus nos fala marcantemente sobre quem é o maior entre nós, a Igreja: “Então a mãe dos filhos de Zebedeu chegou com os seus filhos perto de Jesus, curvou-se e pediu a ele um favor. —O que é que você quer? —perguntou Jesus. Ela respondeu: —Prometa que, quando o senhor se tornar Rei, estes meus dois filhos sentarão à sua direita e à sua esquerda. Jesus disse aos dois filhos dela: —Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso vocês podem beber o cálice que eu vou beber? —Podemos! —responderam eles. Então Jesus disse: —De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber, mas eu não tenho o direito de escolher quem vai sentar à minha direita e à minha esquerda. Pois foi o meu Pai quem preparou esses lugares e ele os dará a quem quiser. Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Então Jesus chamou todos para perto de si e disse: —Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles, e os poderosos mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês.” Logo, Pedro não estava acima dos outros apóstolos. Todos foram igualmente importantes para o Reino de Deus. Em comparação, o apóstolo Paulo escreveu muito mais que Pedro e provavelmente viajou bem mais que ele.
“O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o primado sobre todo o rebanho. O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda igreja, não somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja. (...) O Papa é INFALÍVEL sempre que se pronuncia ex-cátedra. (...) Sujeito da INFALIBILIDADE papal é todo Papa legítimo, em sua qualidade de SUCESSOR DE PEDRO e não outras pessoas ou organismos. (...) O objeto da INFALIBILIDADE são as verdades da fé e costumes (...). A razão da INFALIBILIDADE é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o SUPREMO MESTRE da Igreja de TODO O ERRO.”
Bom, segundo Romanos 3:23, todos nós pecamos e estamos afastados de Deus. Para isso Jesus Cristo veio à Terra, para restabelecer nossa comunhão com Deus através da Cruz. Logo, o Papa precisa tanto do perdão de Deus e da Salvação como eu e você. E Pedro também precisava. Quando é colocado que o Papa é infalível, me recordo de Pedro quando negou Jesus: Jesus já havia feito a famosa afirmação a respeito dele. Mesmo assim, ele FALHOU muito ao negar Jesus. Então, o “primeiro Papa” não era infalível. E nenhum outro também o é, pois a Bíblia não afirma tal coisa. E agora essa de “Supremo Mestre” da Igreja? Nossa! Que eu saiba, apenas Jesus é o Supremo Mestre. Esse é um título muito forte para ser dado a um falho pecador humano. A não ser que o Papa seja um Mestre Sith nas horas vagas (poxa, o Bento XVI bem que se parece com um [foi só uma piadinha, não podem apelar]!!). E já que o Papa é o sucessor de Pedro, ele deveria também se casar!! Pedro era casado, ele tinha uma sogra. O relato disso pode ser visto no livro de Mateus, no capítulo 8, versos 14 e 15: “Jesus foi à casa de Pedro e viu a sogra dele de cama, com febre. Jesus tocou na mão dela, e a febre saiu dela. Então ela se levantou e começou a cuidar dele.” Assim, o “primeiro Papa” era casado. Pela tradição da Igreja Católica (visto que na Igreja Protestante os pastores podem se casar) Pedro foi extremamente errado e pecador. Nada infalível. Humano, errado, irascível como eu e você. Necessitava da mesma quatidade do perdão de Cristo que o João Paulo Segundo, o Bento XVI, Hittler, Stalin, George W. Bush, Madre Teresa de Calcutá ou seu vizinho chato. Mas que foi muito usado por Jesus, visto que reconheceu que não era infalível, que precisava de Jesus e em nome dEle pregava o evangelho.
Que a Paz de Cristo, o Supremo Mestre, seja com todo o Seu Povo,
Edgard MacFraggin'
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