sexta-feira, 17 de junho de 2011

Credes no 14C?

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Hebreus 11:1
O 14C (ou carbono 14) é um método de estimativa da idade de diferentes materiais de origem biológica. Tem sido usado de maneira ampla. Através delas, muitos afirmam que a idade da Terra é de não sei quantos bilhões de anos; que a vida surgiu na Terra a milhões de anos atrás, etc. E isso coloca em xeque o relato bíblico da criação, visto que acredita-se que, pela bíblia, a vida na Terra deva ter cerca de 10.000 anos, aproximadamente.
O mais interessante é sobre como o 14C é formado na atmosfera. Muita gente que fica por aí falando da idade de várias coisas antigas não tem nem idéia de como esse isótopo radioativo é formado. Bom, vou explicar de maneiro sucinta aqui.
Na atmosfera terrestre, o gás mais abundante é o N2 (gás nitrogênio - cerca de 79% dos gases atmosféricos). Este é formado por dois átomos de nitrogênio. O isótopo estável de nitrogênio mais abundante que existe é o de massa 14, cerca de 99,634% deles, sendo que o outro, de massa 15, tem abundância de 0,366%.
Devemos agora relembrar que a quantidade de prótons de um átomo é o que determina de qual elemento químico é aquele átomo. Um próton é uma partícula atômica de massa 1 e carga positiva. Outra partícula importante no núcleo dos átomos são os nêutrons. Eles tem massa muito próxima à do próton, mas têm carga neutra.


Raios cósmicos são energia que se propaga pelo espaço, vinda de estrelas. Trocando em miúdos, um raio cósmico nada mais é do que um nêutron viajando pelo espaço. Quando um desses raios cósmicos chega ao nosso planeta, ele encontra uma grande quantidade do gás nitrogênio (N2). Ele atinge o núcleo desse átomo e faz com que cada átomo atingido fique por um momento muito pequeno com massa igual a 15 (considerando que ele atingiu o isótopo de nitrogênio de massa 14 – que é o mais abundante). Nisso, o átomo se torna instável e perde um próton para se estabilizar. Perdendo um próton, ele volta a ter uma massa de valor 14 mas muda de elemento, tornando-se o querido 14C, que é radioativo.
Um elemento radioativo vai diminuindo sua atividade liberando energia. Essa medida é calculada em meias-vidas. Meia-vida é tempo que um elemento radioativo demora para diminuir em metade a sua atividade radioativa. Cada elemento tem a sua própria característica, podendo ser meias-vidas de dias, meses, anos, ou até mesmo minutos e segundos. A meia-vida do 14C é de 5.730 anos. Logo, cada vez que esse tempo passa, cai pela metade a atividade radioativa do isótopo. Conhecendo a concentração natural de 14C no ambiente, é possível considerar que a quantidade de 14C no indivíduo em questão era igual quando ele morreu. Assim, mede-se a quantidade de atividade de 14C que ele tem agora e estima-se quantas meias-vidas se passaram, estimando assim a sua idade.
Ainda é importante ressaltar que a técnica de medição da idade pelo 14C tem acurácia máxima de medição de cerca de 60.000 anos de idade. Mais abaixo, deixei uns links de calculadoras de 14C, tentem colocar um valor acima de 60.000 anos: não vai dar certo. Logo, quando ouvirem alguém por aí falando que tal espécie foi datada pelo 14C e descobriu-se que ela vivia a não sei quantos milhões de anos atrás, pode começar a gargalhar bastante, com muita vontade, porque tal informação só pode ser uma piada muito engraçada!!
E agora vem a questão de fé! Como é que se sabe se a quantidade de raios cósmicos que chegam a Terra são constantes em toda a história de vida no planeta? Sabe como o meio científico sabe essa informação? Bom, eles não sabem. Eles consideram que é constante. Logo, eles têm fé de que é constante! E que eu saiba, fé não é ciência, e sim religião.
E já que eles consideram isso, me deram a liberdade de refletir sobre esse assunto. Sabe-se que o universo está em expansão. Embora a concentração de energia no universo seja constante, por conta da expansão, essa energia vai se “diluindo”. A título de comparação, é como se toda a energia do universo fosse uma lâmpada. Com ela, eu consigo iluminar muito bem o meu quarto. Mas a mesma lâmpada não vai iluminar com a mesma eficiência um salão de festas, visto que este é bem maior do que o meu quarto.
Assim, é mais lógico pensar que a quantidade de raios cósmicos que chegam a Terra era maior no passado do que a que chega hoje. Portanto, a quantidade de 14C formado no passado era maior do que a que é formada hoje. Logo, as espécies do passado são enriquecidas em 14C se comparada às espécies mais recentes.
Esses dois sites tem calculadoras de 14C - <http://101science.com/Carbon14.htm> e <http://dwb4.unl.edu/Chem/CHEM869Z/CHEM869ZLinks/www.all.mq.edu.au/online/edu/egypt/carbdate.htm> e procurando no Google é possível encontrar ainda outras. Eu testei caso uma seja uma amostra de 60.000 anos – a atividade de 14C indica que há cerca 0,7% do elemento. Nos casos de 10.000 anos, a atividade mostrou que há na amostra teórica 29.829% de 14C. Percebam a enorme diferença de idade causada apenas por uma amostra estar mais enriquecida em 14C do que a outra! Se no passado havia mais 14C do que atualmente, significa que toda a vida na Terra é muito mais recente do que se pensa. Logo, o relato bíblico tem mais validade quanto à idade da vida do que o relato científico.
Os ateus insistem em se apoiar numa ciência baseada na fé deles. Eles têm fé que Deus não existem (me provem, cientificamente, isso!), tem fé que o 14C é um método excelente de medição da idade de materiais biológicos, têm fé num monte de baboseira! E propagam a fé deles como se fossem verdades científicas mais do que testadas e comprovadas!
O meu mestre, Jesus Cristo, falou sobre isótopos também. Mais especificamente, sobre os isótopos 32S, 33S, 34S, 36S e mais uns outros que são instáveis. Falou também que esses isótopos vão estar num lugar de altíssima geração de calor! Ah, esses isótopos são do enxofre. Você pode ver o Jesus disse sobre os isótopos de enxofre nesse link ao lado <http://www.bibliaonline.com.br/acf/ap/21/8+>. Creio que todos os que preferem dar glórias à um isótopo de carbono do que a dar a Deus, vão gostar bastante do estágio obrigatório no laboratório de química reservado para aqueles que odeiam Deus (é no laboratório do dr. Capeta [PhD em mentira, com concentração em tentar destruir a Criação Divina])!
Que a graça de Cristo esteja conosco, e que Ele nos mostre sua existência através de todas as coisas, inclusive da Ciência.
Edgard MacFraggin'

5 comentários:

  1. "Como é que se sabe se a quantidade de raios cósmicos que chegam a Terra são constantes em toda a história de vida no planeta? Sabe como os meio científico sabe essa informação? Bom, eles não sabem. Eles consideram que é constante. Logo, eles têm fé de que é constante! "

    Não senhor! Isso é baseado em diversas observaçoes. Do satélite wmap, a todo o conhecimento que acumulamos nos últimos 100 anos.
    Bilhões, trilhões de dolares em pesquisa e dezenas de centenas de pesquisadores se esforçaram de forma honesta nesse campo de pesquisa, é muita leviandade afirmar que a ciencia aceita isso e tem fé, que é assim e pronto acabou.

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  2. Caro Nogos,
    100 anos representam 1% em 10.000 anos. Eu acho que observar 1% e considerar o fato pros 99% restantes não é nada científico, estatisticamente falando. Mas é a sua opinião, e eu a respeito.
    Forte abraço, fique com Deus,

    Edgard F. Gomes

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  3. Não é uma questão de opinião! São fatos, que são rotineiramente validados.

    Quando observamos o céu e as estrelas estamos olhando o passado. O que chamamos de universo vísivel, aquele que conseguimos enxergar, o que representa aproximadamente 46 bilhões de anos-luz.
    O telescopio Hubble, SWIFT, wmap, satélites, sondas, telescopios em terras, e diversos outros experimentos apontam para isso. Pesquisadores na China, EUA, Japão, Europa, Brasil e etc replicam esses dados.

    Na verdade vc está fazendo uma confusão muito grande sobre conceitos cosmológicos e geológicos, e tirando conclusões precipitadas.

    A verdade é que o teste do C14 tem sim limitações, porém não o suficiente para que possa ser invalidado como um excelente teste de datação. Não existe fé no C14 e sim fatos, experimentos e resultados replicados mundo a fora.
    Afirmar que a ciencia aceita e pronto acabou, quer dizer que vc não entendeu o próprio método científico em si. E isso é sério, caso vc queria propor uma teoria ou hipótese nova, vc precisará demonstrar que entende do assunto antes, e que entende como a ciencia é feita.

    As suas dúvidas a respeito de cosmologia são dignas, porém podem ser facilmente respondidas por qualquer livro ou acompanhamento da literatura especializada.
    Mais uma vez, não é opnião, e sim uma leitura e um estudo completamente imparcial sobre o assunto resolveria todas as suas perguntas a respeito.

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  4. São fatos? Tens certeza?

    O que eu quero falar não é sobre uma nova teoria. Se o quisesse, certamente um blog não seria o melhor local para publicá-la, e sim num periódico da área em questão. O que eu quero fazer é falar sobre problemas em técnicas aceitas cegamente pelo maior parte do meio acadêmico como se fossem verdades dogmáticas, imutáveis, esquecendo-se de outras coisas, de outros fatos e outros dados. Muito do que a Ciência aceita como verdade é apenas porque a outra opção seria acreditar que "Deus" fez isso e aquilo. E muitos cientistas têm fé de que Deus não existe. E isso é religião.

    A teoria a qual defendo é o Design Inteligente. Este provavelmente não será ensinado nas escolas. Quem quiser estudar sobre ele seguirá boa parte do caminho sozinho, pesquisando, procurando e lendo artigos por conta própria.

    Eu entendo o que você disse com relação aos anos-luz. Sei que o que olhamos no espaço pode ser que nem esteja mais lá neste exato momento. Mas a forma como eu escrevo aqui no blog é para o conhecimento não apenas de cientístas, mas também de pessoas leigas nesse assunto. Se eu fosse escrever um texto cheio de termos cientícos não seria para publicar nesse blog em questão, e sim num períodico, num congresso ou algo do gênero.

    Eu penso que para se medir com fidelidade científica a quantidade de raios cósmicos que chegaram à Terra a 10.000 anos atrás, devia-se ter um máquina do tempo, colocar todos esses intrumentos aos quais você citou dentro dela e fazer as medições lá no momento em que ocorreram. Aí sim poderia ser afirmado com certeza que o valor foi constante. Mas como não inventaram ainda uma máquina do tempo (pelo menos não que eu saiba, mas se eu estiver enganado por favor me fale, não quero ficar falando besteira por aí) não existe maneira de se medir isso atualmente.

    Ainda, existem outros métodos de datação de amostras. Muitas vezes quando usado em conjunto ao método do carbono 14 os resultados foram extremamente discrepantes. Aí, o meio científico aprova o valor que é mais antigo, pois lhe é conveniente. Eu acho que esse vídeo deve ser de seu interesse, explica muito melhor o que venho tentando te explicar http://www.editorafiel.com.br/pop.php?id=15&tipo=1&video=87&audio=00087

    Percebo que você é um homem informado, inteligente, conhecedor do assunto em questão. Gostaria de trocar emails com você, saber mais da sua formação, ver o seu curriculum lattes, etc. No momento, eu não sei nem qual é o seu nome.

    Abraço,

    Edgard Franco Gomes - edgard.franco777@gmail.com

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  5. Bom texto Edgar! Massa, curti, muito informativo. Acho que o que falta um pouco no meio científico é questionar os pressupostos da maioria de suas teorias baseadas no intuicionismo. Da generalização de algumas observações eles infelizmente dogmatizam suas teorias, e dogma também é algo da religião.

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